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O líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), cresceu na reta final da disputa pela vaga destinada à Casa Alta no TCU. Último a começar a pedir votos aos colegas, o emedebista emparelhou com Antonio Anastasia (PSD-MG) e com Kátia Abreu (PP-TO).
Pouco citado até então, o nome de Bezerra já é visto como possível vencedor do pleito por senadores. Todos os candidatos dizem a aliados ter o maior número de votos.
As contagens variam de 35 a 40 apoios. A ideia é que até os últimos momentos da próxima terça-feira (14), os três concorrentes tentem virar votos e viabilizar seus nomes.
As indicações são dos líderes dos partidos na Casa. Estas são encaminhadas à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), que precisa aprová-las para encaminhá-las ao plenário.
No último estágio, os senadores votam em cédulas em qual colega querem que seja o indicado do Senado à Corte de Contas. O pleito é de turno único e basta ter o maior número de votos para vencer.
O principal trunfo do emedebista é o apoio maciço que conseguiu dentro de sua sigla, a maior bancada do Senado. As promessas de voto a Anastasia são fruto de negociações pela eleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Presidência do Senado, enquanto Kátia tem o ao seu lado o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (MDB-AL) e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), que é senador licenciado.
Nas contas de alguns senadores, a maioria dos integrantes das bancadas de PSD, Podemos, PSDB, DEM, Cidadania e Rede estão com Anastasia. Kátia contaria com o PP e o PT, ao qual é filiado o suplente da senadora, Donizeti Nogueira. Bezerra teria o grosso dos votos do MDB e da base governista.
Mas, como a votação é secreta, senadores reconhecem a possibilidade de haver traições. Além disso, muitos estão prometendo apoio a mais de um candidato. O governo abriu a vaga no TCU (Tribunal de Contas da União) ao indicar o ministro Raimundo Carreiro para ser embaixador em Portugal, mas não definiu apoio claro na escolha de seu sucessor.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), é do mesmo partido de Kátia. Não interessaria ao Planalto, entretanto, aumentar a bancada do PT na Casa, na hipótese em que o suplente da senadora assuma o mandato.
Por outro lado, o governo Bolsonaro apoiou a candidatura de Rodrigo Pacheco, que trabalha por Anastasia. Fernando Bezerra lidera a base governista no Senado.
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