quarta-feira, 20 de abril de 2016
A presidente Dilma deverá mesmo ir Nova York, nos Estados Unidos, para participar da reunião sobre clima na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 22. Dilma pretende falar na tribuna internacional para denunciar o golpe contra seu mandato, por considerar que está sofrendo impeachment sem crime de responsabilidade. A previsão é que a presidente embarque na quinta-feira, 21, e volte ao Brasil no sábado, dia 23.
Na semana passada, a viagem dependia da não aprovação do processo de impeachment na Câmara. Com a derrota, a viagem foi suspensa, mas agora, com a estratégia de difundir a mensagem de ruptura institucional, a presidente voltou a discutir o assunto e deverá mesmo viajar, a não ser que alguma mudança de última hora faça a presidente desistir.
Na semana passada, a viagem dependia da não aprovação do processo de impeachment na Câmara. Com a derrota, a viagem foi suspensa, mas agora, com a estratégia de difundir a mensagem de ruptura institucional, a presidente voltou a discutir o assunto e deverá mesmo viajar, a não ser que alguma mudança de última hora faça a presidente desistir.
OEA critica golpe contra contra Dilma e Tucano foi se explicar
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, o uruguaio Luis Almagro, publicou nota oficial dizendo que “o impeachment constitui um ato de flagrante ilegalidade”. O documento também afirma o seguinte:
“Nossa organização fez uma análise detalhada sobre o julgamento político que teve início contra Dilma e concluiu que não se enquadra nas normas que sustentam esse procedimento”
Luis Almagro
Secretário-geral da OEA
“Nossa organização fez uma análise detalhada sobre o julgamento político que teve início contra Dilma e concluiu que não se enquadra nas normas que sustentam esse procedimento”
Luis Almagro
Secretário-geral da OEA
Temer pediu ajuda para rebater 'discurso de golpe' no exterior, diz tucano em missão nos EUA
Para convencer interlocutores internacionais que o PSDB não é golpista, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi escalado por Temer para ir aos Estados Unidos. O senador tucano embarcou para os EUA com a missão de “explicar que o Brasil não é uma república de bananas”.
Em visita a Washington para se reunir com autoridades do Congresso e do governo americano, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) lhe telefonou na véspera da viagem preocupado com a difusão do discurso de que "há um golpe em curso no país" e pedindo ajuda para desmontar a tese.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio afirma em entrevista à BBC Brasil que defenderá a legitimidade do impeachment em suas reuniões com as autoridades dos EUA. Até a quarta-feira, ele se encontrará com senadores e com o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado, Thomas Shannon, que serviu como embaixador no Brasil.
Nas últimas semanas, representantes de organismos regionais e agências da ONU expressaram ressalvas quanto ao processo.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que o impeachment era movido por "razões políticas oportunistas". Para o secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Ernesto Samper, o processo ameaça a segurança jurídica do Brasil e da região.
Nos anos 1960, Aloysio integrou Aliança Libertadora Nacional (ALN) e participou da luta armada contra a ditadura militar. Ele se filiou ao PSDB em 1998 e já foi eleito deputado estadual, vice-governador de São Paulo (na gestão de Luiz Antônio Fleury) e deputado federal. Em 2011, assumiu o posto de senador.
Em visita a Washington para se reunir com autoridades do Congresso e do governo americano, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) diz que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) lhe telefonou na véspera da viagem preocupado com a difusão do discurso de que "há um golpe em curso no país" e pedindo ajuda para desmontar a tese.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Aloysio afirma em entrevista à BBC Brasil que defenderá a legitimidade do impeachment em suas reuniões com as autoridades dos EUA. Até a quarta-feira, ele se encontrará com senadores e com o subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado, Thomas Shannon, que serviu como embaixador no Brasil.
Nas últimas semanas, representantes de organismos regionais e agências da ONU expressaram ressalvas quanto ao processo.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, disse que o impeachment era movido por "razões políticas oportunistas". Para o secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), Ernesto Samper, o processo ameaça a segurança jurídica do Brasil e da região.
Nos anos 1960, Aloysio integrou Aliança Libertadora Nacional (ALN) e participou da luta armada contra a ditadura militar. Ele se filiou ao PSDB em 1998 e já foi eleito deputado estadual, vice-governador de São Paulo (na gestão de Luiz Antônio Fleury) e deputado federal. Em 2011, assumiu o posto de senador.
Além da OEA, Unasul também criticou o impeachment
A crítica do representante da OEA foi seguida por posição semelhante do secretário-geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), o colombiano Ernesto Samper. O representante do órgão sediado em Quito, no Equador, que representa 12 países sul-americanos, disse o seguinte:
“Aceitar que um mandatário possa ser tirado do cargo por supostas falhas em atos de caráter administrativo levaria a uma perigosa criminalização do exercício do governo por razões de índole simplesmente políticas”
Ernesto Samper
Secretário-geral da Unasul
Além da OEA e da Unasul, presidentes de outros países da região e até de órgãos da ONU também criticaram o impeachment. Governos mais à esquerda - como os da Bolívia, Equador e Venezuela - também fizeram defesa da presidente Dilma.