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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Centrais sindicais prometem greve geral na semana que vem contra a reforma da previdência

As principais centrais sindicais — CUT, UGT, Força Sindical, CSB e Nova Central — prometem uma greve geral para parar o país nos próximos dias contra a reforma da previdência. Os trabalhadores no sistema de transporte público da cidade de São Paulo, por exemplo, já confirmaram adesão ao movimento paredista.
Não há indicativo de que o governo Michel Temer (MDB) irá recuar da proposta que significa o fim da aposentadoria de milhões de brasileiros. Pelo contrário. Nos momentos pré-Carnaval ele concedeu diabólicas entrevistas defendendo que os trabalhadores trabalhem até morrer, sem direito à previdência.
O líder do governo, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que será feito um esforço para votar a reforma da previdência em plenário da Câmara entre os dias 19 e 28 de fevereiro, portanto, essa confirmação é o estopim para as manifestações da classe laboral.
“Não votaram até agora porque não têm votos. Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, raciocina o presidente da CUT, Vagner Freitas. Segundo o dirigente cutista, cresce em todo o Brasil a adesão à greve contra o fim da aposentadoria.
Vagner Freitas tem razão no que diz, pois no Carnaval, a festa mais popular do mundo, Michel Temer foi apresentado como “Vampiro Neoliberalista” pela escola de samba Tuiuti — campeã moral da competição no Rio. No desfile, a “campeã do povo” denunciou o governo escravista, que impôs a reforma trabalhista; expôs o golpe de Estado que derrubou Dilma Rousseff, ao criar a figura dos “manifestoches” — os manifestantes fantoches que bateram panela no impeachment da presidenta eleita; enfim, resgatou o desejo de milhões de brasileiros de gritar “Fora Temer”.
A questão é: as manifestações populares não foram suficientes para dar o recado aos parlamentares, qual seja, se votarem a reforma da previdência eles não voltarão na próxima legislatura?
Some-se a isso tudo é que os trabalhadores, a sociedade brasileira, tomaram consciência de que o golpe não foi contra o PT e Lula. Eles saíram da “anestesia” e perceberam que o golpe foi contra eles mesmos — a classe laboral e o povo.

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