Anuncia Lauro Jardim que o governo Temer “desistiu” de pedir mandados de busca coletivos, como tinha anunciado ontem o ministro Raul Jungmann. Ele, aliás, já tinha desistido antes dos mandados de “prisão coletiva”, seja lá o que isso significasse.
Será que os integrantes do governo, a começar pelo Ministro da Justiça e pelo próprio Presidente, professores de Direito, não sabem que isso seria uma monstruosidade jurídica?
Da mesma forma que seria a “suspensão provisória” da intervenção para que se pudesse votar a reforma previdenciária, numa burla mais que primária à vedação constitucional.
Claro que sabiam.
Estão, nitidamente, produzindo factoides para alimentar o “enquanto as tropas não vêm”.
Aliás, elas já fazem espetáculos para fornecer as imagens diárias de soldados nas ruas; ontem na comunidade do Chapadão e hoje na Favela da Kelson’s, sem que nenhum resultado pudesse ser exibido, senão a humilhação de revistas aos pobres moradores destes locais.
É a folha de rosto de uma intervenção movida a política eleitoreira, sem planejamento, sem definição de alvos prioritários, sem nenhum objetivo definido senão um vago “restabelecer a ordem”.
É um governo de mentirinhas, a tristeza é que aqueles rapazes de fuzil são meninos cheios de poder e poder de fogo.
Brincadeira com bala termina em tragédia.
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