A prisão, agora cedo, do ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa abre uma ferida profunda na cambaleante candidatura de Geraldo Alckmin, que achava que teria um alento, ontem, depois que Ibope e Datafolha mostraram as dificuldades de Jair Bolsonaro de, mesmo com a agressão a faca e a comoção nacional, romper o teto de sua altíssima rejeição.
É verdade que até lá, reduto tucano, o PSDB vinha tão mal das pernas que pouco poderia perder.
O próprio Richa, no último Ibope, viu a diferença para o líder das pesquisas, Roberto Requião, aumentar 5 pontos, passando aser de 43% a 28%.
Nas faz mal a Alckmin porque ressuscita o fantasma de Aécio Neves – que faz uma “campanha-hepatite” à Câmara, sem sair de casa, pelo Facebook e discutindo temas de grande relevância, como se o feijão deve ser posto abaixo ou acima do feijão – e da corrupção tucana.
E barra-lhe assim o caminho de um já improvável crescimento de reta final, na base do antipetismo e da constatação que o ex-capitão dificilmente irá acima do que já foi.
Apresentar-se como alternativa viável para a direita complicou-se.
O milagre de a Lava Jato, depois de anos, ter prendido um tucano parece ter destino certo.
O Santo dessa turma não é o Santo da lista da Odebrecht.
PS. Amigos advertem-me que o despertar da Lava Jato, que hibernava, visa tirar o foco da formalização de Fernanod Haddad, que será anunciada daqui a pouco, lá mesmo, em Curitiba. Pode ser, mas não creio que – se é que houve a intenção – isso funcione.
Madalena França via Tijolaço.
Sem comentários:
Enviar um comentário