9 de março de 2019
A força-tarefa lava jato é o típico caso em que o rabo abana o cachorro, senão vejamos.
O grupo político liderado pelo procurador Deltan Dallagnol, sob o manto do combate à corrpução, ganhou ‘vida própria’ depois da perseguição ao ex-presidente Lula e ao PT.
Após o então juiz Sérgio Moro tirar Lula da disputa presidencial e garantir a vitória de Jair Bolsonaro, ano passado, o rabo do cachorro cresceu, isto é, fortaleceu ainda mais a lava jato enquanto agente político.
Não é à toa que se criou a fundação lava jato com o bilionário aporte vindo da Petrobras, coisa de R$ 2,5 bilhões, cujo caixa (dois?) ainda poderá engordar com multas e acordos de leniências que estão por vir…
Dito isto, o Supremo Tribunal Federal é o único órgão capaz de pôr freio às pretensões políticas-eleitorais e de poder da lava jato.
Se o STF lhe oferece riscos, ora, então remove-se esse obstáculo.
A primeira queda de braço deste ano entre a corte suprema e a República de Curitiba dar-se-á na próxima quarta-feira, dia 13, quando o STF definirá se cabe à Justiça Federal ou Eleitoral processar e julgar os crimes de corrupção e lavagem que têm conexão com crimes eleitorais.
“Está em jogo o esvaziamento ou não da Lava Jato”, dramatiza o procurador Roberson Pozzobon, do Ministério Público Federal, que dissemina a seguinte hashtag #STFnãoMateLavaJato13março.
No início desta semana, Deltan Dallagnol também meteu os dois pés nos peitos dos ministros do Supremo. Em vídeo publicado, ele disse que a Justiça Eleitoral é morosa e não é especializada para lidar com crimes de corrupção.
O coordenador da força-tarefa da lava jato fez questão de citar o nome do ex-presidente Michel Temer como exemplo dos que se safariam com a investigação nas mãos da Justiça Eleitoral.
Como foi afirmado antes, a definição da competência dos julgamentos dos crimes eleitorais é apenas o grande teste.
A lava jato está mesmo preocupada é com dois eventos futuros — um no STF e outro no STJ — que poderão resultar na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido refém político há quase um ano na Polícia Federal de Curitiba.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça examina ainda este mês um recurso da defesa de Lula e o Supremo Tribunal Federal, no dia 10 de abril, julga as ADCs 43 e 44acerca da inconstitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância.
Ou seja, quando STJ e STF analisarem essas duas pautas os ‘procuradores-bolsominions’ igualmente não titubearão em afirmar que a liberdade de Lula seria o fim da lava jato.
Madalena França via Esmael
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