Carlos Alberto dos Santos Cruz, Franklimberg Freitas e Juarez de Paula Cunha já foram demitidos
© Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
POLÍTICA BASTIDORES
Opresidente Jair Bolsonaro anunciou ontem a demissão do terceiro general de seu
governo em três dias. Após serem afastados Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria
de Governo e Franklimberg Freitas da presidência da Funai, ele decidiu exonerar do
comando dos Correios o general Juarez de Paula Cunha.
Cunha tinha, por exemplo, uma audiência marcada para a semana que vem no Senado para debater justamente a privatização dos Correios.
Sucessor
Não está definido ainda quem será o próximo chefe da estatal. Bolsonaro disse que chegou a oferecer o posto ao general Santos Cruz, mas que ainda não há definição.
Segundo o presidente, o ex-ministro da Secretaria de Governo é "excepcional" e, por isso, gostaria que ele permanecesse no governo em outro posto.
Ele disse ainda que a saída de Santos Cruz, a quem conhece desde a década de 1980 e se refere como amigo, foi uma "separação amigável". "Não adianta querer esconder, problemas acontecem. Mas ele continua no meu coração", afirmou.
O general foi avisado de sua demissão na quinta-feira, 13, em conversa com Bolsonaro no Planalto. Apesar de ter sido substituído por outro militar, o general Luiz Eduardo Ramos, seu afastamento foi resultado de pressão da chamada ala ideológica do governo. O grupo já havia conseguido demitir um civil, Gustavo Bebianno, que foi o primeiro ministro a cair. Bolsonaro destacou a experiência de Ramos como assessor parlamentar e disse que, por isso, ele vai "ajudar muito" na articulação política.
No encontro com jornalistas, o presidente foi questionado sobre a razão de aliados que o acompanharam na campanha estarem fora do governo. Foram citados os nomes do ex-senador Magno Malta, que não chegou a ser nomeado para cargos, de Bebianno e de Leticia Catelani, que ocupava cargo na Apex, agência de promoção das exportações do País e foi demitida.
O presidente disse que a todos foram dadas oportunidades. Segundo ele, sua admiração por Malta continua. Mas Bebianno é "página virada" e Letícia tinha "autoridade exagerada". "Cada um no seu quadrado", disse o presidente. "Não posso sacrificar o governo." Procurados, Correios e Cunha não comentaram. O Ministério de Ciência e Tecnologia disse que a exoneração de Cunha será feita na semana que vem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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