O fosso entre um segmento – minguante, mas poderoso – de extrema direita e o resto da sociedade brasileira está se alargando e, pior se enchendo de jacarés famintos.
Nas redes sociais, os furiosos começam a articular outra onda de manifestações, agora para pressionar o Congresso a cancelar a rejeição ao decreto que liberou o porte de armas e a votar sem mudanças, a reforma previdenciária de Paulo Guedes.
O tweet de hoje de Bolsonaro, convidando os simpatizantes a pressionarem os senadores para que as armas sejam permitidas e a atividades de robôs, cibernéticos e de carne e osso, exigindo a aprovação do texto original da PEC são aperitivos deste movimento e, claro, vai se tornar a defesa fanática de Sérgio Moro diante das evidências de seus desvios de conduta durante os processos da Lava-Jato.
Talvez os ajuntamentos sejam menores, mas certamente serão mais agressivos e terão o Congresso como alvo, uma vez que a imagem dos parlamentares foi, por obra de todos eles e da mídia, tranformada em algo semelhante a de gângsteres.
Os gaguejos de Rodrigo Maia e as reiteradas promessas de que vão “blindar a reforma” spo têm servido para açular a matilha.
Como não enfrentam a possibilidade de que seus projetos sejam barrados, animam-se a jogar por “tudo”, porque sabem que, perdendo, será “quase tudo” e até um pouco mais, por conta do medo dos parlamentares.
O governo prepara-se para a guerra, substituindo um general comedido por outro disposto a “fazer o serviço” e o próprio Sérgio Moro que ainda tinha certo constrangimento em apoiar resolutamente as cláusulas bélicas, submetendo-se em constrangido silêncio passa, agora, a precisar confrontar, para salvar-se.
Percam as ilusões, senhores deputados do tal “centro”, de que o mercado irá protegê-los.
A aventura autoritária está só começando.(Tijolaço)
Por Madalena França
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