Nunca fui desonesta comigo mesmo e menos ainda com os outros.
A finalidade a que se destina esse artigo de opinião é fazer uma analogia da rede de manipulação de resultados avaliativos que a Secretaria de Educação de Orobó se ampara para obrigar professores a inventar notas para alunos faltosos e ou, totalmente descompromissados com sua própria aprendizagem. A eles, não interessam se o educando sabe ou não ler uma placa na rua, o nome do ônibus a ser tomado, ou o direito que ele tem nas questões da cidadania. Mas uma caderneta cheia de notas 10,0. Orobó perdeu o foco da verdadeira educação, para se tornar o rei da manipulação e aparecer nos primeiros lugares, para ficar bem na mídia.
Aqui professor está sempre errado.
Ontem fui chamada à secretaria da Escola para ouvir algumas instruções, de um grupo de Serventuários da Secretaria de Educação que me deixaram totalmente indignada. Não há outra palavra para definir o meu estado de espírito pela sequência de barbaridades que eu escutei.( Aqui abro um parentes para dizer que não há nada de pessoal com relação a equipe formada pelo professor Armando, Andreia e Fátima Arruda. Pelo contrário, fiquei muito feliz de rever o colega Armando, por quem tenho amizade e respeito).
Precisei respirar, me acalmar, e deixar passar o calor daquele estado de revolta, para não exagerar ou descontar minha raiva no calor da emoção.
Tenho 33 anos de experiência profissional, fui aprovada as 5 vezes que me submeti a concursos públicos da área, e prestei 2 pelo Estado- PE pela UPE. Embora não tenha passado em primeiro lugar, esse ficou com o meu colega Tadeu Paulo, nas questões pedagógicas, incluindo Avaliação, no primeiro concurso das 10 questões eu acertei todas e no segundo das dez eu errei uma. Por isso tenho propriedade para falar, que em matéria de Educação eu não sou nenhuma idiota.
Num grupo de estudantes e professores aprendizes, pois morremos aprendendo, o QI das pessoas não são iguais. Cada pessoa aprende diferente e no seu tempo. O grau de intelectualidade dos indivíduos são distintos. Em uma única turma podemos encontrar alunos ótimos, alunos bons, alunos medianos e outros com deficit de aprendizagem em grau maior, menor e em certos casos, os professores comuns, não tem capacidade para suprir tais necessidades. Afinal, não somos professores psicopedagogos, psiquiatras, psicólogos, terapeutas, e especialistas em todas as áreas da mente humana.
Gostaria de tornar ciente a sociedade que no meu caso, com relação a certos exageros, é especificamente perseguição político -partidário, aliado a inveja, ódio, vingança, e vontade de me desqualificar perante o público, coisa que nesta área da educação , é quase impossível. São mais de três décadas de doação e eu já fui acusada de brava, chata no sentido de exigente, porém nunca de preguiçosa ou irresponsável no trabalho. Nesta mesma Escola, eu já fui Diretora( quando a entidade atingiu o topo da clientela 511 alunos, Diretora Adjunta, fundadora da Banda Marcial) e professora até hoje. A comunidade me conhece tanto quanto a palma das suas mãos. Me Orgulho em dizer que quando ensinava primário, as mães faziam fila para por os filhos delas para estudarem comigo. Quem teve a minha base de 1ª a 4ª séries , era assim que se denominava na época, são hoje, excelentes professores, enfermeiros, policiais , empresários e no meu currículo já tem até padre e doutores. Esse é meu maior orgulho
Vamos aos fatos de ontem.
As reclamações partiram de falta de novas oportunidades aos alunos na caderneta, o que não é verdade.
O primeiro princípio básico da Aprendizagem, é o QUERER! Pode vir um doutor da sabedoria dar aulas. O aluno só aprende se ele quiser. Eu não sou obrigada a inventar nota para aluno, se ele não me apresenta as atividades propostas. Quando o aluno não quer aprender , na hora do debate ele está perturbando, quando chamado atenção, no mínimo se cala, mas não responde , isso quando não manda baixinho o professor tomar no final da espinha dorsal, e a gente finge-se de surdo, para não aumentar o tamanho da vergonha .Isso inviabiliza nota por esse meio. Trabalhos para casa, não traz. Na última chance o professor pede o caderno para pontuar nos exercícios e atribuir uma nota. Desta feita, vem as diversas desculpas , menos a verdade. As principais: esqueci, meu irmão rasgou, perdi...
Exemplifico aqui um desses casos preservando a identidade do aluno como parte da ética profissional.
O aluno passou toda a unidade e não tem nada que comprove. Fez a prova e por intermédio da bondade do coleguinha que permite a cola nas questões de múltipla escolha, basta um gesto, o bendito do aluno consegue 50. A média é feita da soma da 1ª com a 2ª nota, divididos por 2. O que é justo? O aluno ficar com 2,5 ou 50? Não se pode somar nada com 50, nem dividir 50 por 2 e dar 50. Ainda não aprendi essa Matemática!
Ouvi do conselheiro :" Nesse caso, deve se prevalecer a nota maior". Então eu estou estimulando meu aluno a aprender ou a não fazer nada na próxima unidade? O que me dirá seus colegas que fazem as suas tarefas? Acrescentou, junte Maria com Judite, Josefa com Edite e no final a nota de um será a de todos. Automaticamente, respondi: você está me pedindo para ser desonesta? Trabalhos em grupo são feitos, mas os próprios alunos dizem, não vou botar o nome de fulano porque ele não fez nada a não ser barulho para nos atrapalhar.
Outra barbaridade: O campo aberto tem que ser preenchido. Com 0,0 não pode diz a normativa. Vou preencher de vento, ou vou roubar a minha própria consciência e inventar uma nota? Estarei eu, ensinando cidadania e fraudando documentos. Perguntar não ofende: Ensinar roubar é só convidar para assaltar um banco? Ou incentivar a desonestidade, também não seria ensinar a roubar?
Caso dois: Alunos medianos e bons. Caso do 8º ano. Nenhum aluno ficou abaixo da Média 6,0. Na caderneta o mesmo aviso:" fazer recuperação paralela no campo das atividades". Desce do Salto,sai do ar condicionado, vem sentar na minha cadeira e fazer isso. Se toda atividade que eu fizer se por exemplo, valer três o aluno tirar dois e eu for recuperar, em duas aulas de história por semana, no final do ano eu terei dado só 10% do conteúdo que todos deveriam no mínimo ter uma noção.
Eu faço recuperação sim, do aluno que não atingiu a Média e se ele quiser. Pois ainda não foi liberado o porte de arma, nem aprovada alguma lei que o professor possa apontar para cabeça do aluno e obrigá-lo a fazer o que ele não quer. Graças a Deus, eu sou totalmente avessa a violência e jamais faria isso.
Por fim um recado : Eu sou totalmente Lúcida. Posso estar velha ,mas não estou cega, a caderneta é de modelo igual e o recado que serve em uma serve para todas. Não precisaria por a mesma Observação 10 vezes, que eu não sou palhaça e nem faço parte da plateia do circo de vocês!
Havia cadernetas de outros professores na matéria Religião por exemplo, sem um a escrito, e nem um recadinho para o proprietário dela.
Direito se cobra, quando deveres se cumpre: estou aguardando os planejamentos de Arte,e direito da Cidadania, que estamos fechando o segundo semestre e ainda não chegou. Faço através de pesquisas via internet de textos que considero interessantes para o exercício da democracia, cidadania e vida em sociedade. Principalmente artigos da Constituição Brasileira para o 8º e 9º ano.
O documento ou Normativa onde diz que o professor tem que inventar notas, e os materiais pedagógicos como cartolinas, cola, tesouras, papel 40, pilotos coloridos, fitas adesivas, videos educativos, cds e som para trabalhar música , dança e teatro entre outros possivelmente adquiridos com o dinheiro da Unidade Executora, que até aqui o professor não viu a cor, quanto foi, quando chegou. ou em que mãos ficam .O que vemos na escola é a falta de tudo e taxas para pagar das festanças da fantasia.
Por Madalena França.
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