Como tenho dito, só Glenn Grenwald e sua equipe sabem o que mais está contido nas 1.700 páginas do dossiê “Morogate”, com as mensagens trocadas entre ele e o promotor Deltan Dallagnol, além do envolvimento de terceiros, como o recém-revelado “in Fux we trust“.
Mas ele sabe e é possívelmente daí que está tirando a sua olímpica tranquilidade ao ser destratado pela máquina morista, como aconteceu hoje na tentativa de massacre do “Pânico”.
E, como sabe, publicou há pouco no twitter, em inglês o que traduzo:
O ministro da Justiça de Bolsonaro, Sergio Moro – que já foi tratado como uma divindade e super-herói no Brasil (e internacionalmente) – viu seu índice de aprovação cair 10 pontos na primeira pesquisa depois de nossas revelações sobre ele 5 dias atrás. Pergunto-me para onde irá, à medida que mais relatórios se desdobram.
Mesmo se saber o que Greenwald sabe, arrisco-me a dizer que a erosão será maior e mais rápida assim que se desmontar a manobra diversionista da Globo e alguns outros núcleos da mídia de concentrar-se no hackeamento (suposto, é claro) das mensagens e mais na promiscuidade que elas revelam.
Se dois dias já fizeram este estrago, um mês – e parece haver munição para isso – fará uma ruína completa.
Talvez o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite tenha acertado mais do que imaginava ao chamar Moro de Savonarolla, o padre puritano que exaltou fanáticos em Florença, no século 15. É que Savonarola, ao ser desafiado a mostrar sua divindade caminhando sobre o fogo, fugiu deste desafio, acabou excomungado e, afinal, enforcado or ordem do papa Alexandre VI.
As “escutas” e vazamentos, instrumentos de seus milagres, agora são as ferramentas de sua desgraça.( Tijolaço).
Por Madalena França
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