O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, encaminhou nesta sexta-feira (5) um ofício ao procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, pedindo que ele investigue os procuradores Deltan Dallagnol e Diogo Castor de Mattos, da falecida Lava Jato, por crimes penais, além de pedir sanções administrativas no âmbito do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ‘desvios éticos’.
No ofício à PGR, Humberto Martins afirma que tomou conhecido, por meio da imprensa, de que a força-tarefa Lava Jato investigava ministros do STJ sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) –órgão competente para processar e julgar ministros devido ao foro por prorrogativa.
Com base em mensagens apreendidas na Operação Spoofing, cujo sigilo foi suspenso pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, os procuradores combinaram uma devassa no patrimônio dos ministros das turmas criminais do STJ utilizando a Receita Federal.
Na troca de mensagens entre Deltan e Diogo, este disse acreditar que, de todos os 33 ministros do STJ, somente o ministro Félix Fisher seria um “cara” sério.
O ministro Humberto Martins finaliza o ofício solicitando ao procurador-geral da República “que tome as necessárias providências para a apuração de condutas penais, bem como administrativas ou desvio ético dos procuradores nominados e de outros procuradores da República eventualmente envolvidos na questão, perante o Conselho Nacional do Ministério Público”.
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