CPI da Covid: carta da Pfizer indica que governo Bolsonaro não priorizou vacinas
A CPI da Covid avalia que a carta da Pfizer, oferecendo vacinas ao Brasil em 2020, mostra que o governo brasileiro foi incompetente e não priorizou a compra de vacinas. O documento foi entregue à CPI pelo ex-secretário Fábio Wajngarten durante seu depoimento à comissão.
"A carta da Pfizer, que ele entregou, mostrou como o governo foi incompetente. O presidente Bolsonaro e os ministros Braga Netto, Paulo Guedes e Eduardo Pazuello não responderam à carta, mostrando a incompetência e a falta de prioridade na compra de vacinas", disse ao blog o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AP).
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que Wajngarten, ao responder sobre a carta, deixou claro como o governo foi "omisso" e "falhou" na compra de vacinas.
"Eles ficaram quase dois meses sem responder à carta. E a compra só veio a ocorrer neste ano, depois que o Congresso, por nossa iniciativa, aprovou um projeto dando segurança jurídica para a aquisição das vacinas", afirmou Randolfe Rodrigues.
CPI da Covid: Wajngarten diz que Governo demorou meses para responder carta sobre Pfizer
Wajngarten relata que a carta foi enviada à cúpula do governo brasileiro em 12 de setembro. Ele relata que tomou conhecimento da carta no dia 9 de novembro, por meio do dono de um veículo de comunicação. E, no mesmo dia, falou com o presidente do documento, durante reunião no gabinete de Bolsonaro, na presença do ministro Paulo Guedes. Na ocasião, o ministro da Economia falou ao telefone com um dirigente do laboratório.
Veja carta da Pfizer ao governo brasileiro citada pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten na CPI:
Primeira página da carta enviada pela Pfizer ao governo brasileiro — Foto: Reprodução
Página final da carta da Pfizer enviada ao governo brasileiro, de acordo com Wajngarten — Foto: Reprodução
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