Madalena França via Blog do Magno Martins
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse hoje que as manifestações de seus apoiadores no dia 7 de Setembro serão "ultimato" para dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e deu a entender que, se alguém jogar fora do que considera as quatro linhas da Constituição, poderá fazer o mesmo. As informações são do UOL.
Os ultimatos, porém, não dependem da vontade do presidente ou de manifestações. A única forma de impeachment de ministros do STF é através de decisão do Senado. Recentemente, o governo teve um pedido de abertura de impeachment contra Alexandre Moraes rejeitado pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A ameaça ocorreu em discurso para uma plateia de apoiadores em cerimônia em Tanhaçu (BA) para assinatura de contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol).
Bolsonaro não citou a quem se referia especificamente ao falar em ultimato, mas recentemente ele tem concentrado críticas aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), embora também tenha feito críticas a Luís Felipe Salomão, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em falas nas últimas semanas.
"Não podemos admitir que uma ou duas pessoas, usando da força do poder, queiram dar outro rumo ao nosso país. Essas uma ou duas pessoas precisam entender o seu lugar. O recado de vocês nas ruas, na próxima terça-feira, será um ultimato para essas duas pessoas. Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa a liberdade e entendam que vocês dois estão no caminho errado, porque sempre há tempo de se redimir", disse o presidente.
Bolsonaro disse a frase após falar em "renovação no Supremo" e que não criticava instituições e poderes. "Somos pontuais", disse.
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