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segunda-feira, 11 de julho de 2022

Amanhã se fechará mais um capítulo de uma História de garra luta e fé...

 

Muita Gente me ver, mas poucos me conhecem de verdade. Aos meus leitores e seguidores novos, que chegam a essa página todos os dias, o resumo de uma história de luta, de garra, de fé, e de doação pelo bem comum. Para muitos eu sou a personificação da verdade, para outros, eu sou a pedra no sapato, para Deus, eu sou uma das meninas de seus olhos. Todo aquele que ousa falar de Justiça é perseguido. Jesus assim o foi. Não que eu me compare a Ele. Porém tento segui-lo, quando a palavra é Justiça Social.

Amanhã eu farei se Deus assim me permitir. 5.6. Nasci em 64 , Era Ditadura Militar, talvéz por isso eu ame tanto a Liberdade e a Democracia. Cresci no meio de um cercado de bois, numa casa de pau- a- pique. Tomei banho no rio Orobó, busquei lenha no mato e estudei sob a luz do candeeiro. Andei uma média de vinte quilômetros a pé, todo dia, de Tanque  a cidade- Abílio Barbosa para concluir o Primeiro Grau maior . Filha de uma numerosa família de 11 irmãos, fui a única da família a enfrentar todas as dificuldades para ter um diploma de 3º grau com licenciatura em História. Fui eu então, o Orgulho do meu Pai, que faleceu antes de me ver erguer esse tão sonhado canudo.

Desde sempre, fui altiva e tinha um poder nato de liderança, nas salas de aula, dava show. Ensinei brincando, transformando os assuntos didáticos, em paródias e poesias. Ainda tenho saudade do caderno manuscrito que perdi com mais de cem poemas e paródias. Orgulho-me de ter sido aprovada em 5 concursos públicos. Embora não tenha sido chamada passei duas vezes para professora do estado de PE, uma para a Cidade de Bom Jardim, e duas para a cidade de Orobó. Os últimos dois, exerci a profissão por mais de 30 anos. 36 do primeiro e 25 do segundo. Em fim ,aposentei. Apenas do trabalho, não do título de professora cidadã. Esse é terno.

Tenho uma veia poética aguçada e em 2018 , lancei o livro Poético; Sonho Meus. Fui então a primeira professora de Orobó a escrever um livro, seguida por Dona Leonor, anos depois. Hoje estou escrevendo o segundo, intitulado Vida, que trata da vida no sentido da plenitude dos altos e baixos em todas as esferas. Estava bem adiantado quando veio a pandemia e eu travei. Mas estou voltando a escrevê-lo e espero concluir em breve. Nele tem relatos e poesias. Um jeito de ser poetisa acrescentando a parte literária dissertativa.

Estou chegando perto da terceira Idade. Aliás estou a 4 anos dela. Mas me sinto com um espírito muito jovem e promissor. Ainda penso em voltar a estudar e me formar em direito, um sonho antigo, de usar a razão e a lei, a verdade e a justiça, para punir bandidos de colarinho branco. Talvez, não me sobre mais tempo para chegar a ser juíza ou promotora como era meu sonho. Mas ainda penso em caminhar na direção a ele. Os Sonhos não envelhecem jamais!

Se me perguntassem para me definir, eu diria: Sou alguém com sede de justiça e fome de amor. Amor por minha família, meus amigos, e ao próximo. O próximo para mim, é aquele que sofre, fome, injustiças e segregação.

Muitos me veem, poucos realmente me conhecem. Eu sou alguém que parte de Orobó, não merece ter. Mas, em tendo, se divide entre o amor e o ódio, a admiração e o repúdio. Pois cada um dar o que tem e quem é sujo por natureza detesta água limpa. Assim sou eu aos olhos dos maus.

Obrigada meu  Deus, pelos dons que me destes e pela vida que completará mais um ciclo amanhã. E que chegue sorrindo os meus 5.6.

Por Madalena França.

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