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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Movidos pelo ódio


O Brasil progrediu, como quer a frase de nossa bandeira? Vivemos em ordem, por acaso, quando se “resolvem” as diferenças com gritos, armas e balas?

Gente brota nas calçadas, mariposas sujas e feridas, saídas de casulos de papelão. Juízes, militares, procuradores, políticos, tornados todo-poderosos, cuidam de mandar, mas não cuidam de proteger.

A doença passa a ser a regra, não a exceção a ser eliminada e nem a vacinação, que já foi nosso orgulho sanitário, escapa da desídia e, além da Covid e da varíola, temos a volta da pólio e do sarampo a ameaçar os pequenos.

Nossos campos têm mais fogo; nossas matas, que tristeza, labaredas.

Ao Brasil, que mal tinha começado a ser ouvido no mundo, as potências estrangeiras já nos mandam calar a boca, porque se abre apenas para dizer asneiras: o voto não vale, a floresta não queima, os índios não morrem. Estamos, sim, no mapa, no mapa da fome, com 33 milhões de barrigas roncando e uma geração de jovens se perdendo, à qual o presidente recomenda que “corram atrás”, porque de seu governo nada virá.

Porque a comida, longe de estar mais barata e acessível, virou soro de leite e pé de galinha, quando não os restos do lixo.

O que move, então, as pessoas que irão hoje ao Maracanãzinho saudar a homologação da campanha de Jair Bolsonaro pela reeleição, que de fato começou há três anos e meio, no dia de sua posse presidencial?

Deus? Um Deus mau e punitivo, um Deus que escolhe entre seus filhos os que devem viver e os que devem ser mortos, os que devem comer e os que devem minguar na fome e na iniquidade? Um Deus que aprecia que, em seu louvor, como ontem, em Vitória, desfile um revólver gigante em seu louvor?

Pátria? Pátria madrasta com os humildes, com os excluídos, que é tão amada que se a fende, devasta, retalha e arma?

Família? Aquela que se desagrega na pobreza ou se encapsula na riqueza, como a dele?

Não, estas são as capas de que se vestem o mal e o ódio, aquilo com que encobrem a sua face horrenda.

Do outro lado, está a face da esperança, aquela que deixou, em gente que experimentou, pela primeira vez, o sonho de viver com dignidade e, por isso, não será comprada por 30 dinheiros.

Do Blog o Tijolaço de Fernando Brito

 

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