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sexta-feira, 13 de março de 2015

Protesto de hoje poupa Dilma, mas ataca o governo

13/03/2015 12:37



CUT é acusada de ser o braço do governo no setor sindical / Paula Brandão/Divulgação

Por: Diário SP Online
portalweb@diariosp.com.br
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que é acusada de ser o braço do governo no setor sindical, realiza manifestações por todo o país nesta sexta-feira (13). A Central, ao contrário do que acusam os partidos da oposição, diz que vai às ruas para, também, criticar a presidente Dilma Rousseff (PT) e, principalmente, mostrar independência ao Palácio do Planalto.
De acordo com a central sindical, o foco principal das reclamações são as duas medidas provisórias que dificultam o acesso do trabalhador a benefícios, entre eles o seguro-desemprego, auxílio-doença, pensões por morte e abono salarial. “Não é um ato nem a favor nem contra o governo.  A pauta do ato será pelo direito do povo trabalhador”, garante Vagner Freitas, presidente da central.
“Conclamamos nossas bases para defender a democracia e a reforma política, através da constituinte exclusiva e soberana, e para barrar a contrarreforma  puxada por Eduardo Cunha no Congresso Nacional. Conclamamos nossas bases para saírem também às ruas  em defesa da Petrobrás, pela manutenção da Caixa Econômica Federal 100% pública, em defesa da soberania nacional e para exigir mudanças na política econômica do governo (não à elevação da taxa de juros e às medidas de ajuste de caráter regressivo e recessivo)”, diz o texto do manifesto na página da CUT.
Freitas nega que o ato de hoje seja um contraponto à manifestação marcada para domingo contra o governo. Ele admite, porém, que a CUT vai defender a permanência de Dilma à frente do Palácio do Planalto.
“Vamos às ruas para confirmar  que a proposta que venceu as eleições é a que tem de ser implementada. Não há terceiro turno. Quem quiser implementar uma pauta conservadora, que espere 2018 e tente vencer as eleições”, rebate.
Outras centrais, como a  CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), Nova Central Sindical e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)  também apoiam o movimento, mas não confirmaram a participação nos protestos hoje. A UNE (União Nacional dos Estudantes) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) prometem engrossar o coro contra o impeachment.
“Embora sejamos contra qualquer tentativa de impeachment, a pauta do ato será pelo direito do povo trabalhador. Quem quer o impeachment da presidenta é a direita, não os movimentos sociais organizados. Nosso papel é recrudescer na defesa das bandeiras levantadas pelo povo”, afirmou Joaquim da Silva, dirigente do MST de São Paulo.
Em São Paulo, a concentração dos sindicalistas está marcada para a Avenida Paulista, 901, em frente ao prédio da Petrobrás, a partir das 15h. A CUT garante que atos semelhantes vão acontecer em outros 24 estados e no Distrito Federal.


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