30/01/2016 09:43
Adolescente assassinou a criança com golpes de enxada dentro de um cemitério em Diadema, no ABC
Por: Amanda Gomes
amanda.gomes@diariosp.com.br
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Um adolescente de 14 anos matou um menino de 10 por conta de um celular, em um crime macabro e cruel. O menor ainda tentou ocultar o corpo dentro de um caixão no cemitério. O caso ocorreu quarta-feira (27) em Diadema, na Grande São Paulo e foi esclarecido ontem pelo 4 Distrito Policial da cidade.
O delegado Miguel Ferreira da Silva afirmou que Gustavo Garcia dos Santos desapareceu no Jardim Monte Líbano, Zona Sul da capital, limite com Diadema – os garotos foram vistos pela última vez saindo de um campinho de futebol. Os dois moram próximos, mas teriam se conhecido naquele dia.
Preocupada com o desaparecimento, a família de Gustavo procurou a polícia. O adolescente foi indicado por amigos do garoto. Procurado, o assassino deu várias versões para o caso. Em uma delas, afirmou que os dois foram até o Terminal de Diadema, mas chegando ao local, cada um foi para um lado – imagens de câmeras de segurança, entretanto, mostraram os dois garotos juntos.
Ao ser questionado sobre a falsa história, o garoto de 14 anos disse que o “amigo” havia sido sequestrado. Depois, inventou outra história: eles teriam ido nadar em uma a represa de Diadema, onde Gustavo morreu afogado.
“Ele chegou a dizer que não informou a morte para a família da criança com medo de acharem que ele tinha matado Gustavo. Estava claro que algo tinha acontecido”, afirmou o delegado.
Ao ser levado à represa, o menor não soube dizer onde teria acontecido o afogamento e acabou confessando o crime. Ele contou que pediu o celular de Gustavo e como ele se negou a entregar o aparelho, o convenceu a ir com ele até o cemitério. Lá praticou o crime com golpes de machado.
Gustavo Garcia dos Santos jogava bola quando o falso amigo chegou/ Reprodução
No cemitério/ Depois de assassinar Gustavo, o adolescente levou o corpo da vítima até uma caçamba onde são colocados caixões velhos para serem incinerados. Ele deixou o corpo em uma urna preta e depois colocou outras caixas por cima.
“Nós chegamos horas antes de esses caixões serem destruídos. O adolescente tinha conhecimento do que acontecia nesse setor do cemitério. E não demonstrou arrependimento”, disse o policial. Ele foi levado à Fundação Casa. Gustavo será enterrado neste sábado (30).
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