O presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, criticou neste final de semana a nomeação pelo presidente interino Michel Temer de políticos investigados pela Operação Lava Jato para fazer parte do ministério.
Dos 23 ministros anunciados na última sexta-feira (13), dois estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal: Romero Jucá (Planejamento) e Henrique Alves (Turismo).
Para Lamachia, “quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ter sido ser feita”, disse o presidente da OAB.
Segundo ele, “no futuro, se necessário, a Ordem avaliará o uso dos instrumentos jurídicos cabíveis para requerer o afastamento das funções públicas dos ministros que se tornarem réus. Foi com base nesse entendimento que a OAB pediu o afastamento do deputado Eduardo Cunha e do então senador Delcídio do Amaral”.
O presidente da OAB afirma também que Michel Temer precisa dar um “exemplo ético” à sociedade, a fim de legitimar-se perante ela, já que chegou ao poder pela “via constitucional” e não pela “via eleitoral”
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