terça-feira, 24 de maio de 2016
O jornal britânico The Guardian publicou nesta segunda-feira (23) uma reportagem sobre a gravação do ministro Romero Jucá publicada por um jornal de grande circulação do Brasil, onde se consegue perceber uma trama em torno do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O Guardian afirma que as transcrições sugerem que os esforços para retirar a presidente do cargo eram parte de uma conspiração para anular uma vasta investigação de corrupção que tomou conta da elite política do país.
Tais revelações prejudicam a credibilidade do governo interino liderado por Michel Temer, acrescenta o jornal The Guardian, que também fala que o novo gabinete inclui sete ministros implicados no inquérito da Lava Jato, acusados por receber propinas e lavagem de da Petrobras.
O jornal britânico "The Guardian" afirmou que a queda do ministro Romero Jucá e a revelação de uma "trama maquiavélica" para derrubar o governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de Michel Temer.
"A credibilidade do governo interino foi abalada na segunda-feira (23) quando um ministro foi forçado a se afastar em meio a revelações sobre a trama maquiavélica para levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff", diz trecho da publicação.
O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), se afastou na segunda após a Folha divulgar áudios em que ele diz que a mudança de governo poderia "estancar a sangria" da Lava Jato.
O "Guardian" diz que "as motivações dúbias e natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa".
Afirma ainda que este não deve ser o "último golpe" contra Michel Temer, já que seu gabinete inclui "sete ministros implicados na Lava Jato."
A publicação afirma ainda que o governo interino, até o momento, mostrou "poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade" no país.
"Seu gabinete todo branco e todo masculino foi duramente criticado por não ser representativo do país, suas medidas de austeridade são impopulares e seu líder já voltou atrás da decisão de tirar da Cultura o status de ministério após protestos de artistas, músicos e cineastas."
O "Financial Times", principal jornal de economia e finanças da Grã-Bretanha, também disse que a saída de Jucá pode prejudicar o governo Temer.Segundo analistas ouvidos pelo jornal, porém, a decisão de Jucá de se afastar rapidamente pode "limitar os danos políticos" da crise.
O Financial Times deu destaque em sua edição à crise criada no governo de Michel Temer (PMDB) pela divulgação do áudio em que um dos principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff, Romero Jucá (PMDB), defende a necessidade de afastar a mandatária para "romper a sangria" da Lava Jato. O jornal cita trechos da conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e aponta que tal crise ameaçou desestabilizar a gestão Temer, justamente no momento em que o peemedebista pretende lançar um programa econômico "ambicioso". Mas a decisão de Jucá de deixar o cargo "rapidamente", ponderou o periódico, pode ajudar a limitar o dano político.
A menção ao senador Aécio Neves (PSDB) na conversa entre Jucá e Machado também ganhou espaço. "A dupla discutiu como Aécio Neves, o líder do principal partido de oposição, o PSDB, também poderia ser consumido pelas investigações de corrupção se o impeachment não se concretizasse", diz o FT, indicando os trechos em que Machado diz que estariam todos na bandeja para ser comidos, e Jucá afirma que o tucano seria o primeiro.
Não ficou fora da visão do jornal britânico ainda o fato de Jucá ter mencionado que estava em conversa com militares, que teriam garantido manter a calma durante a crise política, e com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que teriam indicado que as investigações da Lava Jato continuariam enquanto Dilma Rousseff permanecesse no poder, devido a sua impopularidade com a mídia.
"O Sr. Jucá é um dos vários membros da nova equipe ministerial de Temer que estão sob investigação no caso da Petrobras, no qual membros da antiga coalizão do governo do PT de Dilma Rousseff são acusados de tramar com executivos da companhia e empreiteiros para obter subornos e propinas", diz o jornal britânico.
O FT publicou o trecho da escuta em que Romero Jucá diz: "Nós temos que mudar este governo para romper a sangria". O fato de Jucá estar sendo investigado pelo caso da Petrobras e fazer parte da liderança do novo governo, junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que também está sob investigação na Lava Jato, ficou em evidência, assim como o afastamento do peemedebista Eduardo Cunha do comando da Câmara dos Deputados, em meio a envolvimento com o "petrolão".
Já o americano "New York Times" disse que as "transcrições sugerem um plano por trás do esforço de afastar a presidente do Brasil".
O Financial Times deu destaque em sua edição à crise criada no governo de Michel Temer (PMDB) pela divulgação do áudio em que um dos principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff, Romero Jucá (PMDB), defende a necessidade de afastar a mandatária para "romper a sangria" da Lava Jato. O jornal cita trechos da conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e aponta que tal crise ameaçou desestabilizar a gestão Temer, justamente no momento em que o peemedebista pretende lançar um programa econômico "ambicioso". Mas a decisão de Jucá de deixar o cargo "rapidamente", ponderou o periódico, pode ajudar a limitar o dano político.
A menção ao senador Aécio Neves (PSDB) na conversa entre Jucá e Machado também ganhou espaço. "A dupla discutiu como Aécio Neves, o líder do principal partido de oposição, o PSDB, também poderia ser consumido pelas investigações de corrupção se o impeachment não se concretizasse", diz o FT, indicando os trechos em que Machado diz que estariam todos na bandeja para ser comidos, e Jucá afirma que o tucano seria o primeiro.
Não ficou fora da visão do jornal britânico ainda o fato de Jucá ter mencionado que estava em conversa com militares, que teriam garantido manter a calma durante a crise política, e com alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que teriam indicado que as investigações da Lava Jato continuariam enquanto Dilma Rousseff permanecesse no poder, devido a sua impopularidade com a mídia.
"O Sr. Jucá é um dos vários membros da nova equipe ministerial de Temer que estão sob investigação no caso da Petrobras, no qual membros da antiga coalizão do governo do PT de Dilma Rousseff são acusados de tramar com executivos da companhia e empreiteiros para obter subornos e propinas", diz o jornal britânico.
O FT publicou o trecho da escuta em que Romero Jucá diz: "Nós temos que mudar este governo para romper a sangria". O fato de Jucá estar sendo investigado pelo caso da Petrobras e fazer parte da liderança do novo governo, junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que também está sob investigação na Lava Jato, ficou em evidência, assim como o afastamento do peemedebista Eduardo Cunha do comando da Câmara dos Deputados, em meio a envolvimento com o "petrolão".
Já o americano "New York Times" disse que as "transcrições sugerem um plano por trás do esforço de afastar a presidente do Brasil".
"O presidente interino do Brasil, Michel Temer, sofreu um grande revés em sua campanha para 'conquistar' o país" com o surgimento de gravações que sugerem "que um de seus ministros tramou para parar a investigação na Petrobras ao buscar o impeachment de Dilma Rousseff."
O jornal diz que Temer substituiu todos os ministros para "ganhar a confiança dos brasileiros e dos investidores", mas que mesmo assim nomeou ministros já implicados nas investigações de corrupção.
Segundo a reportagem, as novas acusações devem "levantar mais questões sobre os motivos por trás do ímpeto de promover o impeachment de Dilma".
Também poderiam, segundo o jornal, aumentar o escrutínio sobre outros ministros que enfrentam problemas legais
'El País: Gravação derruba ministro do Governo interino do Brasil
O jornal espanhol El País, traz em sua edição desta terça-feira (24) uma matéria sobre o primeiro escândalo que sacode o Governo interino de Michel Temer, que levou Romero Jucá a deixar o Ministério do Planejamento horas depois de um jornal brasileiro divulgar uma gravação em que ele sugere articulação para interferir na Operação Lava Jato tendo como uma das estratégias o impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo a reportagem, Jucá, homem-forte de Temer e investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, primeiro anunciou que pediria licenciamento, mas terá que se demitir para reassumir o cargo de senador por Roraima.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, que desde o fim de semana voltou a fazer eventos públicos, afirmou que a gravação confirma que seu processo de impeachment foi fruto da ação de um "consórcio golpista" interessado em barrar as investigações, finaliza artigo do jornal El País.
'El País: Gravação derruba ministro do Governo interino do Brasil
O jornal espanhol El País, traz em sua edição desta terça-feira (24) uma matéria sobre o primeiro escândalo que sacode o Governo interino de Michel Temer, que levou Romero Jucá a deixar o Ministério do Planejamento horas depois de um jornal brasileiro divulgar uma gravação em que ele sugere articulação para interferir na Operação Lava Jato tendo como uma das estratégias o impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo a reportagem, Jucá, homem-forte de Temer e investigado por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, primeiro anunciou que pediria licenciamento, mas terá que se demitir para reassumir o cargo de senador por Roraima.
A presidente afastada, Dilma Rousseff, que desde o fim de semana voltou a fazer eventos públicos, afirmou que a gravação confirma que seu processo de impeachment foi fruto da ação de um "consórcio golpista" interessado em barrar as investigações, finaliza artigo do jornal El País.
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