24/05/2016 11:36
Segundo psicólogo, homem que se disse fã e tentou atirar na apresentadora era um psicopata
Por: Bárbara Saryne
barbara.vieira@diariosp.com.br
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Todo mundo quer ser amado. Alguns dariam tudo para conquistar a fama e, consequentemente, uma legião de fãs. Outros, acabam sendo vítimas do “amor” recebido – como ocorreu com a ex-modelo e apresentadora Ana Hickmann, no último sábado (21).
Hospedada em um hotel de Belo Horizonte, a loira viu a morte de perto, no momento em que um psicopata, dizendo ser fã da apresentadora, invadiu o quarto dela, apontou a arma em sua direção e só não a assassinou porque o cunhado de Ana conseguiu desarmá-lo e matá-lo. Rodrigo Augusto de Pádua tinha 30 anos.
“Ele olhava para mim com um ódio muito grande”, contou ela, em entrevista à Record. “Ele deixou bem claro que pelo fato de eu não ser dele eu não seria de mais ninguém”, disse ela.
Para o doutor em psicologia e advogado Jacob Pinheiro Goldberg, não há dúvidas de que Rodrigo era um psicopata.
“Ele construiu uma mulher ideal, mas que só existia no imaginário dele. Em um determinado instante, entrou em surto. Percebeu que essa imagem não poderia ser trazida para o concreto. Entrou em estado de privação e tentou demolir aquela imagem na qual ele colocou tanta energia afetiva”, explicou. “Ele não sabia quem era a Ana Hickmann, ele inventou uma Ana”, diz.
Casos como esse também podem acontecer com anônimos. Por isso, é importante estar sempre atento às relações. “Quando você percebe que outra pessoa passa dos limites e começa a invadir o seu espaço, você deve se afastar. Se não consegue, precisa pedir a intervenção da polícia ou da Justiça”, diz Jacob. “A insistência e frases como ‘eu não vivo sem você’ são sinais de compulsão.”
FANATISMO ALÉM DA CONTA:
John Lennon
Fã do ex-Beatle, Mark Chapman chegou a pedir um autógrafo para o músico antes de assassiná-lo com dois tiros na porta de casa, em 1980.
Débora Falabella
No ano passado, enquanto apresentava uma peça no Rio, a atriz teve seu camarim invadido por uma fã que pretendia matá-la.
Selena
A latina foi morta em 1995, aos 23 anos, pela presidente do fã-clube, Yolanda Saldívar, que também administrava lojas da cantora.
Taylor Swift
Na última segunda-feira (24), foi divulgado que a cantora e suas amigas, como as modelos Cara Delevingne e Gigi Hadid, estão recebendo ameaças de morte
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