domingo, 4 de setembro de 2016
Na manifestação "Fora Temer" no Rio de Janeiro, neste domingo, um momento daqueles mágicos, uma imagem que reproduzia a realidade.
Quando o povo atravessou de um bairro para outro, ao fundo via-se "a luz no fim do túnel" enquanto ouvia-se o grito "Fora Temer" retumbando nas paredes do túnel.
A luz no fim do túnel do golpe é o povo nas ruas exigindo "Fora Temer" e "Diretas Já".
É o poder legítimo do povo contra o poder opressor de Brasília invadido por golpistas.
No Rio de Janeiro foi bastante gente e a medida que virou passeata só foi crescendo, até chegar no Canecão, antiga casa de espetáculos desativada cujo imóvel pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro e que foi ocupado pela militância cultural expulsa do OcupaMinc. A militância tem informações de que o governo golpista quer invadir com Guarda Nacional amanhã, apesar do reitor não ter autorizado nada.
Para desespero da Globo e dos golpistas, a manifestação foi totalmente pacífica sem nenhum problema com a polícia, que também não hostilizou os manifestantes.
Significa que a manifestação marcada para o 7 de setembro no grito dos excluídos (que ocorre todos os anos), será bem maior.
Vi até um manifestante conversando amigavelmente com um PM jovem do choque tentando convencê-lo da desmilitarização da PM. Acho que no íntimo, como cidadãos, a maioria dos policiais no Rio também estavam apoiando o "Fora Temer". Afinal a maioria é de classe média baixa e já percebeu que também vão pagar o pato do golpe com perda de direitos e empobrecimento. E eles já sofrem com o governo estadual do PMDB.
Em São Paulo, hoje, também está tendo uma grande manifestação na Av. Paulista.
Desde a consumação do golpe as manifestações "Fora Temer" explodem em diversas cidades do Brasil. É importante cada um de nós sermos mais um a ir pacificamente e ocuparmos todos os espaços de resistência. É importante para acordar consciências adormecidas, para barrar o massacre em nossos direitos e o roubo do pré-sal, e até para protegermos uns aos outros, porque tendo muita gente a própria polícia evita confrontos.