A Coluna do Estadão, hoje, começa a desvelar o próximo passo para tentar barrar o crescimento de Lula nas pesquisas de intenção de voto. Contra Lula, mercado já fala até em Jair Bolsonaro, diz a chamada de uma matéria de caráter francamente alarmista.
Os “analistas do mercado financeiro”, uma espécie de black blocs das finanças, dizem que “a eleição de Lula causaria um susto na economia e uma das reações seria a disparada do dólar” . Falam até em valores: “as projeções são de que a cotação da moeda norte-americana poderia ficar entre R$ 5 e R$ 6”.
É a repetição da história do “Efeito Lula” de 2002, que elevou, então, o dólar para r$ 3,99 – o que, corrigido pelo IPCA, daria R$ 10, hoje.
Embora possa e até deva haver alguma elevação do dólar – a moeda brasileira, é unânime a opinião, ainda está sobrevalorizada, apesar da recente correção para cima – não existe nada disso no horizonte, até porque não há no visor um grau de inflação interna, em reais, que ajude essa disparada. Deve-se recordar que havia, então, uma inflação em 12 meses na faixa de 12% e uma Selic de 20%.
Um dólar a R$ 3,50 0u R$ 3,60 não alteraria muito este cenário.
É, portanto, puro terrorismo, sem base – ao menos nas condições do câmbio, hoje – nos fatos.
Até porque pensar em “estabilidade” com a eleição de um neófito desequilibrado como Jair Bolsonaro vai além de qualquer imaginação fantasiosa.
É justamente com isto que a picaretagem de mercado, como a daquela turma que patrocina um site que deveria se chamar O bolsonarista, conta para ganhar uns trocados dos otários.
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