Ontem, publiquei aqui, com as informações do repórter Igor Gielow, que o Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, tinha elaborado um “modelo matemático” onde se mostrava que com a recuperação econômica (?), a popularidade de Michel Temer ia ter também uma recuperação (?!) e não seria assim tão desastroso(!!!) o aferramento dos tucanos a seu governo.
Hoje, a coluna Painel, da mesma Folha, traz a informação de que ” uma pesquisa encomendada pela sigla mostra que 75% dos brasileiros não acreditam que o próximo presidente será um tucano. No Nordeste, o quadro é ainda pior: 84%.”
Somando os “não sei”, talvez não seja exagero dizer que algo como 15% tenham a impressão de que os tucanos vencerão a disputa.
E a coluna mostra a razão de o partido do “quase ganhei a eleição” ter uma perspectiva sombria: “num recorte só com simpatizantes do partido, o estudo apontou três pilares para a descrença na legenda: a aliança com Michel Temer, a permanência de Aécio Neves (MG) no PSDB e as intermináveis brigas internas”.
O partido que “robotizou” na internet a campanha de Aécio também vai mal, muito mal, na internet: “análise das interações nas redes sociais mostra que 98% das menções ao PSDB são negativas. Atualmente, o partido é o que mais perde engajamento em plataformas como o Facebook e o Twitter. Só em outubro, caiu 44%. Os tucanos estão atrás da Rede, do PT, do PC do B e do PMDB.”
A recomendação da pesquisa encomendada pelos tucanos é de que “a sigla não teria outro caminho a não ser deixar o governo de Michel Temer para começar a restaurar sua imagem”.
O “probleminha” é que, tanto quanto o “casamento por interesse”, também o “divórcio por conveniência” carece de credibilidade.
Ainda mais, porque dos três “chumbos” eleitorais, ficam dois: Aécio e as brigas internas, as quais João Doria amplia e evidencia.
E o problema adicional de que, sem Temer, sem PMDB.
Vai ser preciso, realmente, muito “modelo matemático” para achar uma solução.
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