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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Observatório da Democracia divulga relatório sobre os 100 dias de governo Bolsonaro


 
Os primeiros 100 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foram desastrosos em diferentes setores, da área de meio ambiente à política externa e no campo dos direitos sociais e trabalhistas do povo brasileiro. Os inúmeros retrocessos constam no relatório divulgado ontem (10) pelo Observatório da Democracia durante ato na Câmara dos Deputados.
O Observatório é integrado pelas sete fundações partidárias ligadas ao PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL, Pros e PPL. Os dirigentes das fundações apresentaram um relatório conjunto, com análises e dados que evidenciam as ameaças aos direitos e revelam o desmonte da estrutura do Estado brasileiro resultante dos primeiros meses do atual governo.
Monitoramento
O ato contou com a participação de parlamentares dos partidos, de presidentes das fundações e de representantes de movimentos sociais e de entidades parceiras como universidades, coletivos, organizações sindicais e de classe.
O presidente da Fundação Perseu Abramo (PT), Márcio Pochmann, destacou a importância do trabalho conjunto dos sete partidos, que monitoram as ações do governo a fim de subsidiar a ação no Parlamento e também de diferentes movimentos sociais. “É importante o acompanhamento crítico do que tem sido feito para balizar a ação contra os retrocessos”, disse.
Democracia
Renato Rabelo, da Fundação Maurício Grabois (PCdoB), advertiu que a questão central do Brasil, hoje, é a preservação da democracia, ameaçada por Bolsonaro e seus apoiadores ligados aos grandes interesses do capital nacional e estrangeiro. Afora isso, disse que o bolsonarismo é, de fato, um fenômeno que se constitui em “distopia, que faz girar a roda da história para trás, com uma política de destruição de direitos e de conquistas civilizatórias”. Ele destacou a importância da unidade da oposição para garantir a democracia e a soberania do País.
Para Alexandre Navarro, da Fundação João Mangabeira (PSB), é preciso denunciar ao mundo as ações contra o meio ambiente, povos indígenas e quilombolas que vêm sendo implementadas pelo atual governo. Ele lembrou, por exemplo, que o Serviço Florestal Brasileiro foi desativado e alertou que se forem implementadas ações programadas por Bolsonaro, a Amazônia poderá se transformar em deserto e o Nordeste poderá ficar sem água.
Capital financeiro
Francisvaldo Mendes, da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco (PSOL), afirmou que o atual governo não tem projeto de nação e de País, e esmera-se na prática de espalhar a confusão para beneficiar o capital financeiro. Ele alertou que Bolsonaro, ao atacar os direitos dos trabalhadores e seu direito de organização, com o enfraquecimento das entidades sindicais, sinaliza para um ataque a toda a sociedade.
Leo Bijos, da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT) e Felipe Espírito Santo, presidente da Fundação da Ordem Social (Pros) observaram que o atual governo em apenas 100 dias já não conta mais com a euforia inicial que a população projeta em um presidente que acabou de assumir o mandato e apontaram o caráter entreguista e antinacional de Bolsonaro.
O representante da Fundação Cláudio Campos (PPL), Marcos Vinicius, denunciou que Bolsonaro decretou um total desprezo institucional à Cultura, replicando prática de governantes fascistas que já foram varridos para a lata de lixo da história.
No site do Observatório da Democracia estão publicados os relatórios das fundações sobre temas como soberania, gestão de política econômica, previdência, direitos humanos e democracia. Conheça o site: www.observatoriodademocracia.org.br
Com informações do PT na Câmara
Madalena França via Esmael Morais

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