Lula vai precisar, e muito, da ajuda do PT local
A informação revelada ontem (5) pelo Blog da Folha de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fará de tudo para derrotar o governador Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco indica um pouco de como será o acirramento da sucessão estadual. O ex-chefe da Nação imagina que a possibilidade de não obter vitória no seu próprio Estado poderia forçar Campos a dividir a sua atenção entre a briga para conquistar o Palácio do Planalto e a luta para a manutenção do PSB à frente do Governo do Estado.
E, para que isso possa realmente se materializar, Lula trabalha a composição de uma estrutura forte de campanha, com o horizonte de até duas candidaturas como palanques da presidente Dilma Rousseff (PT). O discurso, inclusive, já foi assimilado pelo PTB, do postulante Armando Monteiro Neto, e pelo próprio PT local.
Mas é justamente esse PT local que será o fiel da balança. A instância local deu uma mostra recente que tem a capacidade de se organizar e reunir os cacos quando se há uma missão comum e maior, a reeleição de Dilma. Fecharam questão sobre a não realização do segundo turno do PED, e Teresa Leitão e Bruno Ribeiro se reversarão no comando do partido nos próximos anos.
No entanto, a instabilidade emocional dos petistas locais tem muitas vezes estragado as estratégias traçadas pela nacional e pelo próprio Lula. Os aliados enxergam com desconfiança a recente paz petistas e já estipulam prazos para o seu final. Como atrair mais apoios para um palanque quando este pode não estar unido?
É uma dificuldade que vai ser encarada por Lula até o início da campanha eleitoral do próximo ano. E mesmo durante toda a campanha. O PT é complicado em sua essência.
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