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segunda-feira, 2 de março de 2015

Devemos defender, veementemente, peremptoriamente, a liberdade de expressão nos diversos segmentos.

Rajada de balas contra radialista no Sertão

Imagem Divulgação
Por Cláudio Soares*
O radialista Anchieta Santos tem sua casa alvejada de balas na madrugada de domingo, em sua cidade natal, Afogados da Ingazeira. O relato aparece também em boletim de polícia registrado na delegacia da cidade mencionada.   Sobre a violência contra jornalistas, radialistas e liberdade de imprensa no Pajeú, as estatísticas têm crescido assustadoramente.
É de costume que jornalistas e radialistas sejam ameaçados ou amedrontados, sem condições dignas de trabalho, ficam limitados na sua missão profissional de informar a sociedade para dar a ela um importante instrumento de constituição e exercício da cidadania. E essas variadas formas de violência são violações do direito humano à comunicação, às liberdades de expressão e de imprensa.
Devemos defender, veementemente, peremptoriamente, a liberdade de expressão nos diversos segmentos, inclusive, nas rádios, e sermos adeptos que os cidadãos tenham o direito de receber informações sobre tudo o que se passa no Brasil. Não há nenhuma possibilidade de se ter uma imprensa livre sem que seus profissionais atuem igualmente de forma livre ou tenham suas vidas e de seus familiares atingidas por bandidos do anonimato.
Anchieta Santos é um veterano na comunicação – seu perfil tem sido centrado mais na política. O radialista foi o principal locutor das diretas já em Pernambuco, também, locutor oficial da campanha do presidente Lula nos seus dois mandatos, e, por diversas campanhas sempre comandou o palanque ao lado do mito pernambucano Miguel Arraes. Foi também o principal apresentador das campanhas do ex-governador Eduardo Campos. Por último, comandou no Pajeú o palanque da vitoriosa eleição do atual governador, Paulo Câmara.
Atualmente, Anchieta apresenta uma edição de notícias na rádio Tabira FM. Locutor de vozeirão e mestre na versatilidade, ele sempre provoca o debate, faz críticas, oferece sugestões, e nunca fechou o microfone para o público ou para contraditório.
Todos se encantam com o mundo de notícias e as apresentações de Anchieta. Versátil, independente, imparcial, destemido, habilidoso nas entrevistas, respeitador... Seu principal objetivo é informar, nunca estigmatizar, hostilizar, ou atingir a honra de ninguém.
É no sertão que o locutor de rádio pode ser comparado a um ator. A partir do momento que ele entra no ar, esquece os seus problemas e incorpora um personagem. Uma figura séria, agradável de ouvir. Não esqueça: Anchieta mudou o jeito de fazer rádio e, consequentemente, a vida de muitas pessoas.  Faz do seu trabalho uma arte.
A palavra agora está com a polícia que não pode deixar a impunidade reinar no sertão. A tentativa de atemorizar, insensibilizar a sociedade como um todo, consiste em tentar calar a voz do povo. Anchieta sempre defendeu aqueles que têm sede justiça. Então reagir a isso é um dever de toda classe. Precisamos estar alertas e precisamos nos mover como sociedade em nome inclusive destes companheiros que têm suas vidas ameaçadas.
*Jornalista e bacharel em direito

Do blog do Magno Martins

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