Do G1 PE
O italiano Pasquale Scotti, de 56 anos, condenado à prisão perpétua por ligação com a máfia, foi preso no Recife, hoje, mais de vinte anos depois de ser condenado pela Justiça de seu país. A ação foi realizada, em conjunto, pela Polícia Federal (PF) e Interpol. Scotti prestou depoimento por cerca de quatro horas, na sede da PF, no Recife, de onde foi levado para o Instituto Médico Legal, para realização do exame de corpo de delito. Depois, ele seguiu para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima, onde fica detido à disposição da Justiça. As autoridades italianas darão início ao processo de extradição.
Segundo a PF, Scotti é chefe da máfia e estava foragido desde 1984 – inicialmente, a Polícia Federal informou que ele era considerado foragido desde 1986. A prisão foi decretada pela justiça italiana apenas em 1991, e ele foi condenado à prisão perpétua em 2005. Scotti foi condenado pelos crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência, extorsão e 26 homicídios, crimes cometidos entre 1980 e 1983. O pedido de prisão foi feito pelos delegados federais da Interpol e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em menos de 24h.
Scotti tem dois filhos com uma brasileira – dois meninos – e foi preso quando os levava à escola. Ele se apresentava como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário, dono de uma empresa de importação de alimentos e entretenimento e sócio de uma boate. Ele morava há 28 anos no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o italiano usava identidade falsa, tinha CPF e até título de eleitor ilegais. A identificação dele foi possível pela comparação de impressões digitais, mas os detalhes sobre a família não serão divulgados. À PF, ele disse que a família brasileira não sabia de sua identidade real e que resolveu fugir da Itália para não ser morto.
Ação na máfia
Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata. Ele teria tanto participado quanto ordenado os 26 assassinatos pelos quais foi condenado.
Chefe da Interpol no Brasil, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza Junio afirmou que o homem aparentemente passou por cirurgias estéticas. "Ele disse em depoimento que fazia questão de esquecer do passado dele, que Pasquale Scotti não existia mais para ele, apenas Francisco de Castro", disse.
A Polícia Federal investiga se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.
Blog do Magno Martins
Do G1 PE
O italiano Pasquale Scotti, de 56 anos, condenado à prisão perpétua por ligação com a máfia, foi preso no Recife, hoje, mais de vinte anos depois de ser condenado pela Justiça de seu país. A ação foi realizada, em conjunto, pela Polícia Federal (PF) e Interpol. Scotti prestou depoimento por cerca de quatro horas, na sede da PF, no Recife, de onde foi levado para o Instituto Médico Legal, para realização do exame de corpo de delito. Depois, ele seguiu para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima, onde fica detido à disposição da Justiça. As autoridades italianas darão início ao processo de extradição.
Segundo a PF, Scotti é chefe da máfia e estava foragido desde 1984 – inicialmente, a Polícia Federal informou que ele era considerado foragido desde 1986. A prisão foi decretada pela justiça italiana apenas em 1991, e ele foi condenado à prisão perpétua em 2005. Scotti foi condenado pelos crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência, extorsão e 26 homicídios, crimes cometidos entre 1980 e 1983. O pedido de prisão foi feito pelos delegados federais da Interpol e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em menos de 24h.
Scotti tem dois filhos com uma brasileira – dois meninos – e foi preso quando os levava à escola. Ele se apresentava como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário, dono de uma empresa de importação de alimentos e entretenimento e sócio de uma boate. Ele morava há 28 anos no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o italiano usava identidade falsa, tinha CPF e até título de eleitor ilegais. A identificação dele foi possível pela comparação de impressões digitais, mas os detalhes sobre a família não serão divulgados. À PF, ele disse que a família brasileira não sabia de sua identidade real e que resolveu fugir da Itália para não ser morto.
Ação na máfia
Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata. Ele teria tanto participado quanto ordenado os 26 assassinatos pelos quais foi condenado.
Chefe da Interpol no Brasil, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza Junio afirmou que o homem aparentemente passou por cirurgias estéticas. "Ele disse em depoimento que fazia questão de esquecer do passado dele, que Pasquale Scotti não existia mais para ele, apenas Francisco de Castro", disse.
A Polícia Federal investiga se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.
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