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sábado, 30 de maio de 2015

Paciente com AVC desaparece de hospital na ZL


Sem memória, homem de 48 anos sumiu da ala de urgência de unidade de saúde no Tatuapé

Irmã de Jaime, Leila Felip fez boletim de ocorrência de desaparecimento / Nelson Coelho / Diário SP

Por: Lucilene Oliveira
lucilene.oliveira@diariosp.com.br
Após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral) e ser internado no Hospital Municipal do Tatuapé, na Zona Leste, Jaime Murilla Felip, de 48 anos, desapareceu da ala de observação do pronto-socorro. Até quinta-feira (28) ninguém sabia onde ele estava. A família só foi informada pela direção do centro médico nove horas depois do sumiço.    
O caso ocorreu na quinta-feira da semana passada. Famíliares, na quinta-feira, ainda tentavam encontrar alguma pistas do paradeiro de Jaime. “Só ficamos sabendo do desaparecimento na hora que chegamos para a visita. Se tivessem nos avisado em seguida, talvez o meu irmão estivesse aqui comigo agora”, disse a funcionária pública Leila Murilla Felip, 51.  
Foto: Nelson Coelho / Diário SP
Há exatamente uma semana, quando Leila e a prima dela, Teresinha Blanco, 49, chegaram para a visita, receberam apenas um comunicado de evasão do paciente. 
“O texto dizia que às 23h50 do dia 21 de maio o meu primo não tinha sido encontrado em sua poltrona”, lamentou  Teresinha. O documento não fala que horas exatamente Jaime saiu do hospital nem como.
Sem notícias, os parentes se dividem e ligam diariamente para 50 hospitais na esperança que algum homem, com as características físicas ou vestido com roupas semelhantes às usadas por Jaime no dia do desaparecimento, tenha sido internado. “Nossa vida tem sido ir atrás de pistas. Na segunda-feira ligamos no Santa Marcelina, do Itaim Paulista (Zona Leste), e tinha um homem parecido com ele, mas quando cheguei não era meu irmão”, contou Leila, chorando. 
Foto: Nelson Coelho / Diário SP
A dor para a irmã é maior porque ela pediu para passar a noite ao lado de Jaime na emergência do Hospital Tatuapé, mas não foi autorizada pela direção. Agora ela reclama do descaso da unidade. “No setor de assistência social do hospital  só me disseram para fazer um boletim de ocorrência. Sequer pareciam preocupados.”
Também foram solicitadas as imagens registradas pelas câmeras de segurança da unidade da Prefeitura, mas também não houve resposta.
Paciente saiu do centro médico sem  dinheiro e documentos
O desaparecimento de Jaime Murilla Felip foi registrado em um  boletim de ocorrência no 10 DP (Penha), na Zona Leste, no dia 22 de maio —  mesma data em que a família foi informada  da evasão do doente pela administração do pronto-socorro do Hospital Municipal do Tatuapé.
O documento explica que a apuração do sumiço será feita por meio de um PID (Procedimento de Investigação de Desaparecimento) pela Delegacia de Pessoas Desaparecidas ligada ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
O boletim de ocorrência estabelece  horário do desaparecimento às 23h50 de 22 de maio, conforme o comunicado de evasão emitido pelo hospital, documento necessário nos casos em que pacientes deixam unidades de saúde durante o período de internação. Além de desorientado e sem memória, Jaime não portava dinheiro e o documento de identidade, o que dificulta ainda mais a sua localização.
RESPOSTA DA PREFEITURA
Questionada sobre o sumiço do paciente do  Hospital do Tatuapé, a Secretaria Municipal de Saúde se limitou a descrever o prontuário do paciente. De acordo com a nota, Jaime Murilla Felip deu entrada na AMA Tatuapé no dia 21, às 18h31, acompanhado de um familiar. Por não apresentar melhora do seu quadro clínico foi transferido ao pronto-socorro, onde fez exames e foi medicado. Sobre o desaparecimento, apenas confirmou o fato, ocorrido às 23h50 do mesmo dia da internação. A pasta admite que os familiares foram informados apenas na manhã seguinte. Apesar de assumir a evasão, a secretaria afirma que o serviço social não tem nenhum registro de reclamação dos familiares.

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