18/01/2016 20:22
O responsável pela fábrica foi preso em flagrante; 5 pessoas entre 20 e 60 anos trabalhavam no local
Por: Diário SP Online
portalweb@diariosp.com.br
A Polícia Civil libertou, na tarde desta segunda-feira (18),
cinco pessoas que trabalhavam em situação análoga à escravidão em uma
fábrica de moldura de lajes, na Avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú,
zona sul da Capital. O responsável pelo local foi preso em flagrante. portalweb@diariosp.com.br
Após receber denúncia anônima via 181 (Disque Denúncia), equipes do 101º Distrito Policial (Jardim das Embuias) foram ao local indicado. A informação era de que um dos trabalhadores poderia ser encontrado em um quartinho nos fundos da fábrica onde são feitas vigas e ferros para laje.
Ao chegarem ao local, os policiais civis encontraram uma mulher e quatro homens, com idades aproximadas entre 20 e 60 anos. Os empregados trabalhavam com cimento e outros materiais sem o uso de qualquer proteção nas mãos e pés.
Um dos funcionários foi encontrado dormindo no cômodo indicado na denúncia. Ele era o único, entre os operários, que morava no local. Segundo o delegado assistente do 101º DP, José Roberto Gil, será investigada a possibilidade de o homem ter sofrido violência física e psicológica.
Ainda de acordo com o delegado, as vítimas cumpriam atividades na fábrica em situação degradante. “Trabalhavam aos sábados, domingos, em horário irregular, sem documentação e remuneração adequadas. As vítimas humildes não tinham consciência de seus direitos”, explicou Gil.
O responsável pela fábrica foi preso em flagrante por manter os trabalhadores em condição análoga à escravidão – o crime é inafiançável na fase policial. Em conversa inicial com os policiais, o suspeito negou violência contra os operários e assumiu apenas a necessidade de regularização de documentação.
A Polícia Civil irá instaurar inquérito policial para dar continuidade às investigações. Será apurada a existência de mais trabalhadores no local, além de confirmar a situação da empresa, se ela é regularizada e autorizada para fabricar ou apenas comercializar os materiais.
A ocorrência foi registrada no 101º DP.
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