O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, ouve, nesta terça-feira (9), o pecuarista José Carlos Bumlai e outras três testemunhas de acusação, em processo de Lula
Nesta ação penal, Lula é acusado de receber como propina um terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. A força-tarefa da Lava Jato sustenta que os imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos firmados pela empreiteira com a Petrobras.
Ao depor, o empresário esclareceu que Lula jamais solicitou qualquer intervenção sua na aquisição do imóvel da Rua Haberbeck Brandão 178, em São Paulo. Mais ainda, Bumlai reafirmou o que já havia declarado em depoimento anterior: o projeto em questão pretendia reproduzir espaço similar ao que já abrigava o acervo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Ele acrescentou que ajudou na criação da nova sede apenas procurando 10 empresários que pudessem participar do projeto: "essa é a minha participação". Segundo ele, o local "guardaria os presentes, as coisas. Um museu praticamente". Ainda de acordo com os depoimentos colhidos nesta terça pelo Juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a ideia surgiu em 2010 e teve a ajuda do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Lava Jato desde junho de 2015. "Era o único empresário que eu tinha uma liberdade maior para conversar. Expus para ele qual era a ideia e ele falou que iria mandar uma pessoa me procurar, o doutor Paulo Melo, com quem eu falei por telefone, mas nunca estive com ele", afirmou Bumlai.
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