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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Orobó representado em todo meu Nordestinez.

Imagem relacionadaResultado de imagem para foto da cidade de Orobó

De vez em quando eu teimo em usar
Todo meu Nordestinez
Pra transformar Ó, em rimas
Se não, me engasgo de vez.

Uma terra com três ois
Não podia ser bonita
Porque é muito buraco
Pra gente sentar enriba

Muita conversa fiada
Muito veaco  safado
E tem ladrão mais honesto
Do que bandido encubado.

Tem gente na procissão
Rezando sei lá pra quê
Pego com as calças na mão
Tem muita coisa a esconder.

Tem gente  de fino trato
Que as vezes não vale um prato
Que um cachorro lamber.

Tem matuto inteligente
Que sente o faro de bandido
E foge como o Diabo da cruz
Sente de longe o perigo.

Tem gente que se faz de tonto
Embora sendo letrado
Somente pegando o "moi"
Que lhe é depositado.

A zombar do povo honesto
Usa as veia e as crianças
Engana com cachorro quente
E o povo todo dança.

Um ó na frente outro atrás
Um no mei pra completar
Que a imagem de um peido
Se apossou desse lugar.

Minha  terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá
Nas palavras do saber
Ficou a anos atrás
Na esquina da esperança
Que do meu peito não sai.

Uma terra sem hospital
Sem Banco e pouca polícia
Sem o cumprimento das leis
Ladrões agem como artistas
Assalto pra todo lado
Como é que vai ser bonita?

É cego podendo ver
Muita gente do lugar
Morre  entupido e calado
Mesmo sabendo falar.

Aqui quem rouba é Doutor
Quem reclama tá errado
E se teimar em contar
Os causos desse lugar
Pode ser decapitado.


Se correr o bicho pega
E se ficar tá lascado
Usei meu nordestinez
Pra lhe falar de um bocado
Que não há nada melhor
Que vomitar esse Ó
Pra não morrer engasgado.

Por Madalena França.












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