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quinta-feira, 25 de maio de 2017

USADO PARA JUSTIFICAR USO ILEGAL DAS FORÇAS ARMADAS CONTRA MANIFESTANTES, PRESIDENTE DA CÂMARA DESMENTE JUNGMANN E EXIGE QUE MINISTRO RESTABELEÇA A VERDADE

por Noelia Brito



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia desmentiu o ministro

 da Defesa Raul Jungmann que, juntamente com o presidente Michel 
Temer, assinou um Decreto autorizando o uso das Forças Armadas contra 
manifestantes que ocupam a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três
 Poderes, no dia de hoje, em protesto contra as Reformas Trabalhista e
 Previdenciária que retiram direitos de trabalhadores da iniciativa privada e
 servidores públicos.

Link para o Diário Oficial

Após receber pesadas críticas de vários setores da sociedade civil, inclusive 
de juristas que veem ilegalidade no Decreto e até crime de responsabilidade 
(Leia AQUI e AQUI) pelo uso indevido das Forças Armadas, contra 
manifestantes, a pretexto de assegurar a "manutenção da lei e da ordem", 
fazendo relembrar os Atos Institucionais da Ditadura Civil-Militar inaugurada
 em 1964, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que insiste em permanecer
 no cargo, mesmo após a saída de seu próprio partido, o PPS, do governo, 
tentou jogar a culpa pelo desatino, no presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
 alegando que o uso das Forças Armadas fora para atender um pedido de Maia.

Instado a se explicar perante seus pares, Maia desmentiu Raul Jungmann e 
apresentou a cópia do ofício onde constava pedido bem diverso daquele alegado
 pelo ministro. No ofício assinado por Maia está claramente  solicitado o 
auxílio da Força Nacional e não das Forças Armadas, o que comprova que não 
só o ministro da Defesa mentiu quanto aos motivos pelos quais enviou as Forças
 Armadas, para atuar nas ruas contra manifestantes, como houve excesso e 
desvio de finalidade no decreto presidencial por ele subscrito em conjunto
 com o presidente Michel Temer, pois não houve, sequer, qualquer pedido nesse
 sentido.



Rodrigo Maia chegou a dizer esperar que "o ministro restabeleça a verdade", ou
 seja, chamou o colega governista de mentiroso e, de fato, à luz do que foi 
declarado pelo ministro da Defesa, do escândalo causado pelo decreto, que
 se lastreou num factoide - e o que é pior -, ao que tudo indica, criado pelo
 presidente da República e por seu ministro da Defesa e do ofício 
apresentado por Maia, Jungmann mentiu e se não fosse ministro de um governo
 que está, ele mesmo, a um passo do precipício, já teria sido demitido por 
cometer tamanho desatino e irresponsabilidade, para não dizer atentado 
contra nossa já cambaleante democracia. Demonstrando irritação, Maia 
declarou: "O ministro deu uma coletiva dizendo que o pedido de GLO 
era um pedido da presidência da Câmara. Eu afirmo e reafirmo que isso
 não é verdade. Por parte do presidente da Câmara, o pedido de apoio da
 Força Nacional foi para o prédio da Câmara e no seu entorno. Se o governo
 decidiu adotar outra medida, essa outra medida é uma responsabilidade do
 governo. Não pode nem deve ser da Câmara". E arrematou: "Pedi ao líder
 do governo que pudesse entrar em contato com o ministro da Defesa para 
que ele pudesse restabelecer a verdade."




Segundo o Estadão, líderes da base aliada e da oposição que estiveram presente
 à reunião com o presidente da Câmara relataram que Maia demonstrou bastante 
irritação com a atitude do ministro da Defesa. Segundo esse líderes, Maia afirmou 
que como filho de um exilado político durante a ditadura militar, nunca pediria o uso
 das Forças Armadas para conter manifestações. O pai do presidente da Câmara,
 o vereador e ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) foi exilado para o Chile durante
 o regime militar. Por conta disso, Maia acabou nascendo no Chile.

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