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quinta-feira, 25 de maio de 2017

Manifestações contra Temer e uso de Forças Armadas ganham destaque na mídia internacional




Jornais do mundo todo, como o americano "The New York Times" e o britânico "The Guardian", repercutiram os acontecimentos desta quarta-feira (24) em Brasília.
Nesta quinta-feira (25) o povo foi ás ruas pedir a saída de Michel Temer em diversas cidades do Brasil. O envio do exército às ruas de Brasília para conter as manifestações contra o governo Michel Temer e os violentos confrontos com a polícia ganharam destaque nos principais sites e jornais europeus.

O jornal francês Le Figaro destacou em sua manchete "Brasil: as ruas querem a saída do presidente". A reportagem fala que os protestos pedindo a renúncia do presidente ganharam força há uma semana, depois da revelação de uma conversa gravada entre Temer e um dos donos da empresa JBS, Joesley Batista. Nos áudios que estão sendo analisados pela Justiça, o presidente parece concordar com o pagamento de propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso por corrupção.


Para o diário, os brasileiros não suportam mais os escândalos de corrupção, principalmente os que envolvem a gigante Petrobras.

O jornal argentino Clarín destacou que o protesto acabou em confusão após um grupo atacar os prédios dos ministérios. Para o espanhol El País, o principal destaque foi que os protestos pararam o governo brasileiro nesta tarde.
 El País aponta que os protestos contra Temer paralisaram até os debates dentro da Câmara dos Deputados e acrescenta que com a revolta, o executivo foi obrigado a convocar o exército para controlar os manifestantes, uma decisão que suscitou fortes críticas da oposição e do próprio governo.  Para o vespertino espanhol a tensão devido à crise política no Brasil balançou o coração político do país, convertido em campo de batalha.
 El País descreve um cenário de guerra em Brasília, com colunas de fumaça preta, violentos confrontos entre manifestantes e polícia, armada com fuzis. O texto avalia como “assustadoras” as imagens postadas nas redes sociais onde policiais atiram contra os militantes anti-Temer. 
 The Guardian diz que Temer se agarra ao poder. Apesar de todo o caos, diz o diário britânico, o presidente brasileiro se agarra ao poder e descarta a possibilidade de renúncia, alegando que vai lutar contra as acusações. O diário lembra que antes do vazamento das gravações de Joesley, a popularidade de Temer estava em baixa, em parte devido às reformas que fez passar à força no Congresso.

Guardian aponta que se Temer renunciar, a Constituição diz que o Congresso deve eleger o próximo presidente, que deveria governar até o final de 2018. Mas muitos brasileiros, revoltados com a classe política, querem a realização de eleições antecipadas.

A britânica BBC e o americano Time apontaram a crise no governo de Michel Temer e a repercussão da Lava Jato.
Em editorial, a agência Bloomberg afirmou que o presidente deveria renunciar ao cargo. Segundo o texto, a permanência de Temer na Presidência, lutando para não cair até o final do mandato, pode colocar a economia do país em risco, "prolongando a agonia de um governo que críticos têm comparado a uma versão tropical da série 'The Walking Dead'"

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