André Barrocal publica na revista Carta Capital dessa semana - onde se destaca a "Rosa dos Ventos" do Mauricio Dias, "o triplex ruiu" -, reportagem de título "Democracia de fachada", em que descreve:
"Transformada em bunker, a "Casa do Povo" articula o perdão bilionário das dívidas de parlamentares-empresários e seus doadores, enquanto vota reformas impopulares."
A reportagem descreve como Deputados e Senadores ampliaram a "generosidade" de uma Medida Provisória do MT que parcela a dívida dos caloteiros do Refis.
O Treme estabeleceu que a dívida deve ser paga 20% à vista e o resto em até dez anos.
"A proposta logo vai a votação no plenário da Câmara e, por obra e graça de uma comissão especial de deputados e senadores, ficou ainda mais generosa, coisa de Madre Teresa de Calcutá: prazo de até VINTE (a ênfase é minha - PHA) anos e perdão de 90% a 99% de juros, multas e encargos".
O relator da Comissão é Newton Cardoso Junior, mineiro do PMDB, que deve R$ 53 milhões em débitos vinculados à sua pessoa física ou a empresas das quais é diretor ou presidente!
Um dos financiadores de sua campanha, o Banco Mercantil do Brasil, deve R$ 38 milhões.
O campeão de propostas para alterar a MP foi Alfredo Kaefer, paranaense do PSL (isso existe?).
Das 376 emendas apresentadas, 44 eram dele.
Kaefer deve R$ 32 milhões!
Como diria o Requião, um ano depois: canalhas, canalhas, canalhas!
E publica um quadrinho notável: os caloteiros e suas canalhices.
Reprodução: Carta Capital
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