Especialistas apontam que a renúncia e ou impeachment do presidente Michel Temer poderia paralisar vários projetos. Essa paralisia pode infectar, inclusive, os que ainda estão por acontecer, como os arrendamentos do Porto de Suape e os previstos dentro do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) - 89 projetos, dentre os quais 45 já foram licitados.
Secretário especial do PPI, Adalberto Vasconcelos, garantiu que o governo pretende manter o cronograma de leilões e estudos para concessões, apesar da crise política. "Independente do que acontecer, nada disso afeta o PPI”, argumentou. Economista e professor de Cenários Econômicos da Faculdade Guararapes (FG), Tiago Monteiro discorda. “A instabilidade do ambiente político faz todos segurarem o capital e somente isso já prejudica a atração de investidores para os projetos do PPI”, pondera. A “incerteza prejudica as decisões das empresas”, valida o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PE), José Antônio de Lucas Simón.
Ele também considera que, até “os repasses para obras já em andamento podem ser comprometidos”. No caso de Pernambuco, a implantação da Adutora do Agreste depende de repasses federais, os quais haviam sido retomados recentemente. A construção do Complexo Prisional de Araçoiaba, da barragem e da Adutora de São Bento do Una, da Via Metropolitana Norte e da ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Paulista, são outros exemplos de obras do Estado as quais dependem da continuidade da entrada de recursos da União
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