Executivo do grupo empresarial trata de notas frias emitidas pelo marqueteiro do tucano na época da corrida presidencial
© Lula Marques/AGPT
POLÍTICA LAMA INFINITA
Em mais um áudio entregue à Justiça pelo empresário Joesley Batista - e acessado pela revista Veja - o diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, e o primo de Aécio Neves, Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, aparecem conversando sobre supostos R$ 12,3 milhões entregues pelo grupo empresarial à campanha presidencial do senador tucano em 2014.
No áudio, Saud diz que está preocupado com o fato de ter pago a quantia milionária a Paulo Vasconcelos, marqueteiro da campanha, e recebido notas fiscais de serviços não prestados até aquele momento.
“Tem uma coisa que está me preocupando demais. O Paulo Vasconcelos vai sair chamuscado, você sabe, né? Eu paguei 12,3 milhões para ele de nota. Eu não tenho nenhum serviço desse cara. Não tem nada, zero", diz Saud, em transcrição publicada pela Veja.
“Semana que vem tem jeito de a gente encontrar o Paulo [Vasconcelos] e a Andrea [Neves, irmã de Aécio]? Não pode deixar. Vai sair o Paulo Vasconcelos. Aí, meu amigo, se derem uma batida lá e forem no talão de nota, vão pegar 12,3 milhões da JBS na data da campanha do Aécio sem nenhum serviço pra nóis. O que você acha que vai ser? Sem nenhum serviço pra nóis”, prossegue.
O executivo da J&F chega a sugerir uma forma de as notas serem "esquentadas". "Se ele quiser, eu dou pronto pra ele um vídeo ou um catálogo, produção interna nossa, e ele assina, faz de conta que ele fez. Por que ele não faz um contrato comigo? Vai ter que fazer retroativo dentro desse mês. Tem que resolver dentro desse mês."
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