Aplicativos de bate-papo foram clonados dos celulares dos prefeitos de Ibirapuã, Alcobaça e da cidade de Prado, no sul da Bahia
© Phil Noble/Reuters
JUSTIÇA GOLPE
Aclonagem de aplicativos de bate-papo de celulares fez novas vítimas nesta segunda-feira (9); desta vez, três prefeitos do sul da Bahia. A Polícia Civil informou ao G1 que os criminosos acionaram os contatos na lista telefônica dos prefeitos com pedidos de dinheiro. Alguns amigos caíram no golpe e realizaram os depósitos bancários.
Os aplicativos clonados foram dos prefeitos de Ibirapuã (Calixto Antônio Ribeiro), de Alcobaça (Léo Brito) e da cidade de Prado (Mayra Brito). Os amigos de Calixto Antônio foram os únicos que caíram no golpe, já que o prefeito demorou a perceber que o seu aplicativo tinha sido clonado porque estava em um velório, onde precisou manter o telefone desligado por cerca de três horas. O gestor de Ibirapuã só descobriu que havia alguém se passando por ele quando chegou à prefeitura.+ Bandido interrompe velório de fotógrafo para assaltar presentes
"Quando cheguei na prefeitura fui para uma reunião e pedi a meu irmão para ver meu Whatsapp e ele disse: 'Seu whatsapp não entra'. Fui ver o sinal do telefone e não estava funcionando. Depois recebi uma ligação e a pessoa falou: 'O senhor recebeu o depósito que eu fiz para a senhora, que o senhor mandou?'. Daí eu disse: 'Eu não pedi para fazer depósito'", relatou Calixto ao G1.
Pelo menos quatro pessoas teriam transferido dinheiro para a conta bancária enviada nas mensagens, com pedidos de até R$ 2 mil. Os suspeitos ainda teriam solicitado a confirmação das transferências. O prefeito de Ibirapuã fez um boletim de ocorrência e procurou a operadora de telefonia móvel, a qual informou que o seu número havia sido desabilitado.
Léo Brito e Mayara Brito informaram os amigos através das redes sociais que foram vítimas de um golpe. Eles também procuraram a polícia para prestar queixa do caso. Até o momento, a polícia ainda não prendeu os suspeitos do crime, uma vez que os números das contas enviadas pelos bandidos, todas do Banco do Brasil, estavam em nomes diferentes.
"Estamos tentando identificar quem são os donos dessas contas para onde foram feitos os depósitos, e aí começaremos a rastrear até chegarmos aos autores dos crimes", explicou ao G1 a delegada Valéria Chaves, responsável pelo caso.
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