Há menos de um mês, a professora Janaína Paschoal, o “furacão do impeachment” anunciava um inesperado “fairplay” diante de sua desclassificação no concurso para professora-titular da Faculdade de Direito da USP:
“Amados, acabo de ganhar em último o concurso para titularidade na Faculdade de Direito”, disse no Twitter. Em lugar da fúria que a caracterizou na derrubada de Dilma Rousseff, declarou, civilizadamente: “Como disse, durante o concurso, apesar da reprovação, não vou recorrer. A banca estabelece seus critérios e é soberana”.
20 dias depois, a Lua mudou e Janaína anuncia que vai recorrer da decisão.
Como os réus da Lava Jato, depois de algum tempo, “mudou o depoimento“.
“Não tenho como negar a perseguição, não é só política. É maior do que isso, é de valores mesmo”, afirmou Janaina. “Eu já sabia que não teria a menor chance de ganhar pelas questões políticas, eu já esperava ser reprovada. Eles me veem como uma conservadora”
Janaína apresentou recurso e perdeu. Agora, quer a anulação do concurso e, se não conseguir, que vai à Justiça para “melar” a prova.
Acusa o colega que passou de uma “pedalada acadêmica”, dizendo que copia ideias de outro professor. O professor “copiado” diz que não é cópia, que é um desenvolvimento autônomo das ideias que expôs, como é, aliás, mais que comum na comunidade acadêmica.
A professora tem todo o direito legal de espernear, mas seria melhor que refletisse melhor.
Afinal, apesar de ter recebido as piores notas no concurso, elas são muito melhores do que as que recebe Michel Temer, o estrupício que ela ajudou a por como titular da cadeira Brasil, onde 200 milhões estão sendo reprovados e o único que aprendem é sofrer.
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