Mente-se muito na política brasileira e, assim, todo cálculo de votos está sujeito aos capricho das compras, no varejo, de parlamentares que julga que algumas manilhas e um pouco de asfalto suprem, na urna, a incoerência de seus votos.
Mesmo assim, pelo levantamento feito por Naomi Matsui, no Poder360, junto aos líderes dos partidos aliados a Michel Temer mostra um panorama devastador para o Governo.
Haveria, hoje, apenas 164 votos certos para a aprovação da reforma previdenciária que, como se sabe, precisa de 308, porque é emenda constitucional.
Portanto, é preciso arranjar 144, ou – como nos faziam decorar no primário – uma grosa de votos para atingir o necessário.
Grosa, como se sabe, se compra no atacado, não no varejo.
Claro, aos líderes da “base governista” também é interessante valorizar, nas negociações, os votos que teria de “virar”. Isso melhora o preço do esforço.
Mas que não é coisa de fazer no varejo, não é. E atacado não é emenda parlamentar, é composição de Governo. Ministérios, leia-se.
Mas “o mercado” não largou as esperanças da tunga nos trabalhadores e ainda aguarda que a derrama de dinheiro público sobre os deputados consiga economizar o dinheiro público que se desperdiça com a aposentadoria de quem trabalha.
Vai ter muita gente graúda ganhando dinheiro com a “surpresa” de que não há votos para a “reforma redentora” das contas públicas.
Sem comentários:
Enviar um comentário