Fernando Henrique pisou na bola
O ex-Presidente Fernando Henrique tem, sem dúvida, um legado de contribuição fundamental no processo de estabilidade e conquistas sociais que hoje vivenciamos em nosso País. Contudo, ao declarar que tanto faz Aécio Neves ou Eduardo Campos na disputa presidencial parece ter deixado a posição de estadista, mesmo que por um momento, para ocupar uma posição político partidária puramente eleitoral.
Como estadista e professor que é, caberia ao nosso ex-presidente orientar o nosso povo acerca do melhor caminho para o nosso País dentro de suas crenças, conhecimentos e vivências. Dizer que tanto faz Aécio ou Eduardo não parece algo compatível com a figura de um estadista.
Primeiro, porque o caminho de um País não deve e não pode passar pela personalização das escolhas. Ao reeleger Fernando Henrique, o povo não votou na pessoa, mas na manutenção da estabilidade econômica. Ao reeleger Lula, o povo não votou apenas no homem, mas na manutenção dos avanços sociais.
Portanto, ao professor cabe mostrar o conteúdo, cabendo aí, as perguntas que fará o eleitor brasileiro.
O que de inovador propõe Aécio ou Eduardo?
Que o Brasil pode mais?
Papo reto ?
A Nova Política, cujas práticas em Pernambuco, de centralização de poder, já remetem ao Estado Novo de Getúlio?
Tanto faz, um ou outro, parece revelar a crença interior do ex-presidente Fernando Henrique de que a oposição ainda não tem um projeto alternativo de poder que ofereça a oportunidade de manter e avançar nas conquistas.
Mudar por mudar não é o que precisamos.
Temos um longo caminho de conquistas que deve passar pela apresentação de conteúdos baseados em evidências de resultados que diminuam as desigualdades entre regiões e entre as pessoas.
Por isso, estamos trabalhando junto ao vice-presidente Michel Temer a criação de um núcleo partidário baseado em evidências que nos permitam propor caminhos seguros que provoquem mudanças estruturais e confiáveis.
Júlio Lóssio (PMDB)
Prefeito de Petrolina
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