Época, revista da Globo, rompe o "namoro" com Barbosa na política.
Quem já ouviu a conversa pretensamente elegante na hora de levar um cruel "pé-na-bunda" da namorada ou namorado, sabe do que a revista Época está falando quando fez uma matéria sobre Joaquim Barbosa nesta semana.
Pois a "reportagem" foi exatamente isso. Começa com elogios como "você é bom demais para mim, eu não mereço você, tenho fraquezas demais", como se acarreira política estivesse dizendo isso para Barbosa, para depois dar a "punhalada" final neste parágrafo, que diz tudo:
Cruel! A revista dá um fora até em uma candidatura de Barbosa para senador ou deputado.
De fato concreto, o que existe é uma nota da assessoria do presidente do STF dizendo que não seria candidato a presidente em 2014, mas a nota deixou a porta aberta para ser candidato a outro cargo.
Segundo o repórter da Época, Diego Escosteguy, ele mesmo não entrevistou Barbosa, nem o ouviu. Escreveu que publicava o que fora dito a um "interlocutor curioso" recebido por Barbosa "numa tarde recente e chuvosa em Brasília" (usou até o velho disfarce de narrar o ambiente para impressionar o leitor desatento, diante de uma informação claramente não confirmada).
Do texto se conclui que o repórter sequer ouviu a assessoria de Barbosa para confirmar ou desmentir o que publicou a partir do "interlocutor" oculto ou imaginário.
Ora, qualquer jornalista sabe que matéria feita assim não é reportagem. É fazer publicidade do que a revista (portanto, seus editores e donos) desejam que aconteça. Por outro lado é um recado.
Traduzindo: a Globo está bombardeando a candidatura de Barbosa até ao Senado, porque será "um desastre para a legitimidade do julgamento do mensalão" nas palavras da revista.
Pois a "reportagem" foi exatamente isso. Começa com elogios como "você é bom demais para mim, eu não mereço você, tenho fraquezas demais", como se acarreira política estivesse dizendo isso para Barbosa, para depois dar a "punhalada" final neste parágrafo, que diz tudo:
Num momento em que o Supremo está dividido pelos traumas do mensalão, existe apenas uma unanimidade entre todos os ministros da Corte – uma unanimidade que se estende à Procuradoria-Geral da República e aos amigos de Joaquim. Caso, por alguma razão insondável, Joaquim mude de ideia e resolva entrar na política, será um desastre para ele, para o Supremo e para a legitimidade do julgamento do mensalão. Mas os ministros mais próximos dele, assim como todos os seus poucos amigos de confiança, têm certeza de queele diz a verdade quando garante que não dará o salto de 300 metros. Nem o de 100.O salto de 300 metros está explicado no início da matéria. Seria para o Palácio do Planalto. E 100 metros seria para o Congresso Nacional. São as distância do Palácio do STF até as sedes dos outros poderes da República.
Cruel! A revista dá um fora até em uma candidatura de Barbosa para senador ou deputado.
De fato concreto, o que existe é uma nota da assessoria do presidente do STF dizendo que não seria candidato a presidente em 2014, mas a nota deixou a porta aberta para ser candidato a outro cargo.
Segundo o repórter da Época, Diego Escosteguy, ele mesmo não entrevistou Barbosa, nem o ouviu. Escreveu que publicava o que fora dito a um "interlocutor curioso" recebido por Barbosa "numa tarde recente e chuvosa em Brasília" (usou até o velho disfarce de narrar o ambiente para impressionar o leitor desatento, diante de uma informação claramente não confirmada).
Do texto se conclui que o repórter sequer ouviu a assessoria de Barbosa para confirmar ou desmentir o que publicou a partir do "interlocutor" oculto ou imaginário.
Ora, qualquer jornalista sabe que matéria feita assim não é reportagem. É fazer publicidade do que a revista (portanto, seus editores e donos) desejam que aconteça. Por outro lado é um recado.
Traduzindo: a Globo está bombardeando a candidatura de Barbosa até ao Senado, porque será "um desastre para a legitimidade do julgamento do mensalão" nas palavras da revista.
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