17/05/2015 16:41
Cantor lança 27º álbum de sua carreira, curte nova namorada e lembra-se com saudades de Hebe Camargo
Por: André Carmona
portalweb@diariosp.com.br
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Não faz muito tempo, o cantor e ator Fábio Jr. fez uma participação especial na estreia do musical sobre Chacrinha. Com aquele seu jeitão peculiar, exibido e sorridente, subiu ao palco acenando e disparando piscadelas para todos os lados, o que arrancou, de imediato, gritos histéricos do público feminino. Porém, o que mais chamou atenção na cena, após a execução da canção “Pai”, seu maior sucesso, foi o carinho com o qual Fábio Jr. tratou o ator Stepan Nercessian, protagonista do musical, que foi inundado por uma chuva de beijos, afagos e abraços.
“Na hora, ali, parecia que o Stepan era o Chacrinha, mesmo. Tenho enorme gratidão e carinho por ele”, diz, apontando para um altar posicionado no canto de sua sala favorita, decorada com premiações musicais e muitas fotos de família, em sua residência em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo. Sobre a mesa, dois retratos se destacam: um do próprio Velho Guerreiro, outro de Hebe Camargo, sua eterna conselheira. Pensativo, Fábio Jr. comenta: “Eu devia ter ouvido mais a Hebe. Sábia mulher. Sempre me alertava se um caso amoroso era roubada ou não. Muitas vezes, era, sim”, admite, rindo alto.
Os anos também passaram para Fábio Jr., atualmente com 61, e seu rosto já exibe as marcas do tempo. No entanto, o semblante sedutor e o papo de garotão, que já o conduziram a seis casamentos e dezenas de casos amorosos, permanecem intactos. “Sou um sujeito muito afetuoso e gosto de reciprocidade. O amor é meu combustível. E não é só pelas mulheres: sou um pai e amigo coruja, muito ciumento, quero todos os filhos perto de mim, não importa se tenham 2, 10, 20 ou 30 anos de idade”, confessa o paulistano, que, depois de 11 anos sem um disco de inéditas, lança, em 2015, o 27 álbum de sua carreira, com 10 faixas, todas autorais.
“Minha vida é um encarte aberto e esse álbum é uma catarse de emoções. Logo na primeira faixa já dou bandeira, escancaro todos os meus sentimentos”, resigna-se, fazendo referência às duas musas que inspiraram o novo trabalho: a namorada, Maria Fernanda Pascucci, a Fê, e sua filha, a atriz Cleo Pires, que, inclusive, divide os vocais com o pai na música “Sempre que Estamos Juntos”, feita especialmente para ela.
Os dois, aliás, reataram recentemente, depois de um período afastados. A reconciliação foi concretizada em rede nacional, durante entrevista ao dominical “Fantástico”. “Ela me puxou, é mais que ciumenta, é possessiva”, diverte-se o cantor, que não revela especificamente o motivo do desentendimento, mas lembra de uma cena insólita: “Um tempo atrás, fui apresentar uma namorada a Cleo e perguntei sua opinião. Ela, por sua vez, foi direta ao ponto: ‘Ali não mora ninguém, paizinho’. Eu achei uma grande sacada. Tempos depois, eu compus a canção ‘O Que Você Quiser’, para a Fê, que é uma mulher muito bacana”.
Essa, contudo, não é a única ode dedicada ao seu novo amor. Tem também “Tô Investindo Nessa História” e “Com Você Minha Vida É Muito Mais Legal”. Com os olhos brilhando, como um menino que acabou de ganhar um novo presente, Fábio Jr. reforça: “Quase todas são para ela”, sorri, apaixonado.
Questionado se este é o momento mais feliz de sua vida, o cantor pondera. “Isso não sei... Só sei que aprendi a saborear melhor o amor. Estou pleno.”
PERFIL EM NÚMEROS:
12
foi a idade com que Fábio Jr. começou sua carreira
1978
foi o ano em que “Pai” estourou em rádios e TV
16
milhões de discos vendi-dos é a marca do cantor
‘Não tenho medo da solidão’
Apesar de ser um sujeito entregue às emoções e paixões, que curte estar sempre rodeado de amigos, de familiares e de seu amor, Fábio Jr. diz que aprecia, sim, momentos mais introspectivos. Durante os seis anos em que esteve solteiro – ainda que não exatamente sozinho – o cantor se sentiu muito bem e tranquilo.
“Muitos artistas têm aquele sentimento de solidão, principalmente quando voltam para casa depois de um show e não encontram ninguém à sua espera. Comigo não tem isso”, conta ele, um pouco reticente. “Sabe o que é? Eu sou um cara muito religioso e tenho uma fé inabalável.”
A religiosidade de Fábio Jr., porém, não é limitada a um dogma específico. “Há muito tempo, comecei a me questionar sobre o assunto, pois tinha dúvidas sobre a qual religião eu pertencia. Em seguida, peguei o dicionário e li o significado da palavra: religar, reunir. Pensei: ‘É isso!’. O resto é invenção humana”, simplifica.
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