Coluna Carlos Brickmann
O PSDB resolveu desgastar Dilma Rousseff. É seu direito, como partido de oposição; o que não é direito é votar contra suas próprias ideias só para enfraquecer a adversária. Se o PSDB tivesse chegado à Presidência, seu plano de ajuste da economia seria praticamente o mesmo de Joaquim Levy, esse que Dilma teve de engolir (isso não é dedução: é informação). Votar contra o ajuste, só para agradar a plateia, é coisa de quem não tem responsabilidade para com o país.
James F. Clarke, escritor americano do século 19, disse que o político se preocupa com as próximas eleições e o estadista com as próximas gerações. Churchill, estadista, rejeitou a tese altamente popular de ceder aos nazistas em troca da paz. E, ao assumir o poder, prometeu sangue, trabalho, suor e lágrimas. Não era um político comum. Quem, no PSDB, se destacou do comum dos políticos?
Lutar contra o Governo, OK. Lutar contra a presidente, OK. Rejeitar a indicação de Edson Fachin para o Supremo, OK: seria um ato político legítimo. Derrotar Dilma numa indicação para o Supremo causaria muito desgaste para o Governo. Mas, em vez de lutar contra Fachin, o alto-comando do PSDB foi para Nova York, prestigiar mais uma das inumeráveis homenagens a Fernando Henrique. Ou, em palavras mais duras, fugiu da raia. Só voltou à disputa para rejeitar exatamente aquilo que, se estivesse no Governo, estaria lutando para aprovar.
Como não disse o poeta Fernando Pessoa, o tucano é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que crê naquilo em que apenas mente.
Ser ou não ser
Isso significa que, para este colunista, a política econômica de Joaquim Levy está correta? Nem sim nem não: o colunista rivaliza com o ex-ministro Mantega no conhecimento da Economia, e não tem a menor ideia do acerto ou não das propostas de Levy. Mas sabe que a maioria do PSDB pensante não só concorda com essas propostas como pretendia aplicá-las.
E os tucanos se comportaram como aqueles atacantes dribladores, cheios de firulas: gol que é bom, nada.
James F. Clarke, escritor americano do século 19, disse que o político se preocupa com as próximas eleições e o estadista com as próximas gerações. Churchill, estadista, rejeitou a tese altamente popular de ceder aos nazistas em troca da paz. E, ao assumir o poder, prometeu sangue, trabalho, suor e lágrimas. Não era um político comum. Quem, no PSDB, se destacou do comum dos políticos?
Lutar contra o Governo, OK. Lutar contra a presidente, OK. Rejeitar a indicação de Edson Fachin para o Supremo, OK: seria um ato político legítimo. Derrotar Dilma numa indicação para o Supremo causaria muito desgaste para o Governo. Mas, em vez de lutar contra Fachin, o alto-comando do PSDB foi para Nova York, prestigiar mais uma das inumeráveis homenagens a Fernando Henrique. Ou, em palavras mais duras, fugiu da raia. Só voltou à disputa para rejeitar exatamente aquilo que, se estivesse no Governo, estaria lutando para aprovar.
Como não disse o poeta Fernando Pessoa, o tucano é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que crê naquilo em que apenas mente.
Ser ou não ser
Isso significa que, para este colunista, a política econômica de Joaquim Levy está correta? Nem sim nem não: o colunista rivaliza com o ex-ministro Mantega no conhecimento da Economia, e não tem a menor ideia do acerto ou não das propostas de Levy. Mas sabe que a maioria do PSDB pensante não só concorda com essas propostas como pretendia aplicá-las.
E os tucanos se comportaram como aqueles atacantes dribladores, cheios de firulas: gol que é bom, nada.
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