A Procuradoria no Distrito Federal está analisando reportagens publicadas pela imprensa sobre as relações do ex-presidente Lula com empreiteiras que conquistaram contratos fora do país. O objetivo é apurar se Lula cometeu crime de tráfico de influência. Até o momento, de acordo com a procuradora responsável pelo caso, Mirella Aguiar, ainda não há nenhuma prova contra o ex-presidente. "Os documentos são narrativos, e provas teriam que ser buscadas. Reportagens de jornal não são provas", explicou Mirella. A procuradora tem pelo menos 30 dias para decidir, entre outras possibilidade, se instaurar uma investigação para aprofundar a apuração. Ela não adiantou, porém, quais medidas irá tomar após a análise do material. A procuradora disse que ninguém ligado ao Lula a procurou. "A gente autua tantas coisas todos os dias. Esse (caso) só chamou atenção porque envolve ele (Lula)", disse Mirella.
Ela acrescentou ainda que, por se tratar de algo tão embrionário, não há como solicitar solicitação de quebra de sigilos.
Depois de deixar o Palácio do Planalto, Lula fez diversas viagens ao exterior, principalmente a países da África e da América Latina, com as despesas bancadas por grandes construtoras do país. Paralelamente, essas empresas, entre elas a Odebrecht, conquistaram contratos internacionais. Parte das obras contou com recursos do BNDES.
A procuradora ainda não terminou de analisar todas as reportagens publicadas pela mídia. Nesse momento, há um curso apenas a chamada notícia de fato, um procedimento anterior à instauração de inquérito. (Da Folha de S.Paulo)
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