Autor de emenda que altera cálculo indica que queda do fator previdenciário está nas mãos de Dilma
Por: Caio Colagrande
caio.castro@diariosp.com.br
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A criação de uma nova fórmula para calcular a aposentadoria dos trabalhadores brasileiros está nas mãos da presidente Dilma Rousseff (PT). Ontem, um dia após a Câmara dos Deputados aprovar a emenda que estabeleceu a regra chamada de 85/95 como alternativa para definir o valor do benefício, diversos senadores afirmaram que vão ratificar a mudança.
A 85/95 dá direito ao trabalhador receber integralmente o benefício caso a soma da idade e do tempo de contribuição seja de 95 anos para homens e de 85 para mulheres, sendo que o primeiro precisa, obrigatoriamente, contribuir por 35 anos e as mulheres por 30 anos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que recentemente tem travado uma “guerra” contra o governo, disse que a decisão da Casa já está sinalizada. “O Senado já resolveu acabar com o fator previdenciário e é óbvio que vamos aproveitar a oportunidade para colocar, no lugar do antigo cálculo, uma regra mais favorável aos trabalhadores”, afirmou o peemedebista ontem.
Até mesmo petistas apoiam a fórmula 85/95, que praticamente sepultaria o fator previdenciário. “Estamos mobilizando parlamentares para engrossar o coro dos colegas favoráveis à mudança. Caso haja veto, vamos trabalhar para a derrubada dele”, acenou o senador Walter Pinheiro (PT-BA).
O autor da emenda que propôs o novo cálculo, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), já dá por certa a aprovação da proposta. “Estive no Senado hoje (ontem) e confirmei: a aprovação está combinada”, cravou.
A possibilidade de veto da presidente à nova fórmula não chega a assustar Faria de Sá, que diz ter apoio para derrubá-lo. “Se a Dilma estivesse com os índices (de popularidade) altos, até poderia vetar. Mas, do jeito que está, vai ter de pensar dez vezes antes de fazer isso.”
Contraproposta/ A intenção do Palácio do Planalto é apresentar uma proposta alternativa ao 85/95 para que o seu veto seja mantido posteriormente. As centrais sindicais vão ser chamadas para conversar. Só falta, porém, combinar com os sindicalistas. “A não ser que a presidente decida acabar com o fator previdenciário, vamos ficar com a proposta aprovada pela Câmara”, afirmou, ontem, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.
Comentário: Isso é ridículo! Desse jeito as pessoas em grande maioria,não se aposentarão. Defunto não precisa mais de aposentadoria. Esses deputados e senadores só querem voto e "matar" o trabalhador em vida. Seja de qual partido for que votar nessa aberração terá seus rostos estampados e não se elegerá nas próximas eleições. Quem votará contra si mesmo?
Madalena França.
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