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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Não é certo usar a crise para sacanear trabalhador. A crise não atingiu o FUNDEB.

Na educação de Orobó Chove Dinheiro...


O prefeito de Orobó está ha três meses sem pagar a alguns funcionários que trabalham nas escolas, valendo-se da onda da crise, para sacanear quem trabalha o mês inteiro por trezentos reais. É Mentira. a crise não atingiu o FUNDEB.

O Fundo de Desenvolvimento da Educação básica, não é um dinheiro fixo. Tem meses que vem mais e outros menos. O que faz o fundo total é a Média. Ou seja, a soma de todos os meses divididos pela quantidade de meses. Quando se inicia o ano , os prefeitos já tem uma previsão de quanto entrará na Educação o ano inteiro.

Entenda como é feito:

O governo federal estipula o preço aluno ano, e de acordo com a matrícula ele envia a cada município a quantia referente ao quantitativo de alunos, distribuindo mês a mês o montante total do ano. Quando os estados e municípios não conseguem atingir com seus impostos o dinheiro suficiente para pagar o piso dos profissionais e arcar com as despesas pedagógicas educacionais a União complementa. Não tem desculpa para prefeito nenhum atrasar salários, não pagar o piso, ou colocar culpa na crise. Com ou sem crise, o dinheiro entrou nos cofres das prefeituras todos os meses. Se estão devendo é por que usam de má fé, e fazem uso indevido do dinheiro da Educação para outros fins.

O fundeb baixou? 

Claro que não. O que  está acontecendo é que o Fundo já enviou quase tudo que Orobó tem direito no ano de 2015 de acordo com o quantitativo dos seis mil alunos que possui.

Qual é a média do FUNDEB em Orobó, até hoje?

Orobó recebeu de janeiro a setembro do FUNDEB R$ 11.493.291,70 (Onze Milhões milhões, quatrocentos e noventa e três mil, duzentos e noventa e um reais e setenta  centavos.)
Qualquer pessoa que conhece as operações matemáticas pode dividir o montante pelos nove meses que já se passaram e vai chegar a MÉDIA de cada mês: R$ 1.277.032,41 ( um milhão duzentos e setenta e sete mil, trinta e dois reais e quarenta e um centavos.)
Sendo que  60% disso, é pagamento obrigatório aos profissionais da Educação ( professores, diretores e coordenadores pedagógicos) e 40% funcionários administrativos da educação, secretários, auxiliares e merendeiras, e fazer a manutenção das escolas. ( Lei: Lei nº 11.494/2007 )

Quanto dá os 60%?

Arredondando para menos, isso dá aproximadamente R$ 766200,00 (setecentos sessenta seis mil e duzentos reais) mensal. Tendo em vista que temos poucos funcionários efetivos, e os contratados que são maioria ganha um mísero salário mínimo, se fossem realmente pago tudo que sobra   aos professores efetivos, estaríamos rindo a toa. Pois estaríamos ganhando perto do salário de um vereador.

E quanto é os 40%?

Aproximadamente 510800,00 (quinhentos e dez mil e oitocentos reais).
Agora me digam amigos leitores, se todo mês não é feita uma escola.! Com mais de meio milhão de reais todos os meses, somente para pagamento de auxiliares e merendeiras, tem crise na Educação? Tem necessidade das coitadas das funcionárias contratadas estarem esfregando chão e limpando banheiros para ganhar trezentos reais e estarem há três meses sem receber?

É certo usar a crise que o Brasil atravessa para sacanear trabalhadores?

Digo e provo por A+B, não existe crise financeira na Educação de Orobó. Existe sim, uma gravíssima crise moral, ética e de corrupção generalizada.
O prefeito não paga o que nos é de direito, porque não quer; a Secretária se cala, porque tem suas regalias, o Conselho da Educação não reage, porque tem também os seus membros Mui amiguinhos do chefe, o SINTEPE ,morreu com a saída da professora Madalena, os diretores não falam e estes sabem de tudo, por que fazem parte do mesmo show, os professores não falam, com medo de serem castigados,  os contratados têm medo de perder o emprego e ainda não receber o que trabalhou....
E assim vai se formando uma teia onde as aranhas da corrupção se dão muito bem.


Escrito por Madalena França.


 

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