Nivaldo Araujo
Impressiona-me a cultura do ódio disseminada em período eleitoral.
Gostaria muito de ver uma campanha de propostas, de respeito, de debates, de procuras e de encontros de soluções para os problemas de nossa comunidade.
Xingar, maltratar, caluniar, inventar estórias e passar a acreditar nelas como se fossem verdades é muito mesquinho.
Devemos cultivar o respeito a todos os cidadãos: SOMOS TODOS IGUAIS (braços dados ou não).
Todos, num estado democrático, temos o direito de escolhas, e isso não nos faz maiores nem menores, melhores nem piores do que ninguém.
Por exemplo, na última sexta-feira, estive, juntamente com o amigo Nélio, visitando alguns amigos na zona rural de nosso município. Quando voltava para a cidade, quando ia passando em frente à casa do amigo Toinho Ribeiro, ele me disse que estava chegando uma carreata para a convenção que aconteceria naquela data. Em respeito à liberdade de todos, e para evitar que eu cruzasse com a carreata, esperei que todos passassem. Alguns cidadãos passavam e acenavam para mim, e eu respondia da mesma forma. Num total exercício de cidadania: liberdade de ir e vir (constitucional).
Eis que surge alguém engravidado pela cultura do ódio e diz que eu estava debochando, insultando, até fazendo gestos obscenos. Meu Deus!
Cada um tem o direito de fazer sua escolha, e para isso não precisa odiar o outro. A campanha política passa e nós ficamos... a vida continua.
Respeito IMENSAMENTE a todos, mas também quero respeito para comigo.
Nasci no Sítio Rosília, que hoje pertence ao município de Gado Bravo, nossa família foi morar no Sítio Umari, de Aroeiras, eu ainda ia completar 7 anos de idade. Aos 11, fiquei órfão de mãe. Para estudar na cidade de Aroeiras, muitas vezes tive que fazer o percurso de 13 km diários de ida e 13 de volta A PÉ. Somente quando ia fazer a 7ª série, papai conseguiu comprar uma casa na cidade para a gente ficar na cidade durante a semana. Já plantei palma, já plantei milho e feijão, já cultivei algodão, já tirei lama de barreiro no banguê, já cuidei de animais, já tirei leite, já fiz queijo de coalho, já COMI O PÃO QUE O DIABO AMASSOU saído da boca de desocupados. Meu primeiro trabalho foi pesar açúcar no mercadinho de sr. Abílio em Aroeiras, já vendi roupas no banco de feira-livre de João Galdino em Aroeiras. Meu primeiro trabalho público foi ser mensageiro no Posto de Serviço Telefônico de Aroeiras. Nunca fui pesado a ninguém. Não me gabo, mas sempre fui destaque em sala de aula: o endereço de minha alfabetizadora é Sítio Umari, o nome dela é Severina Cabral de Lira, conhecida por dona Jole. Aos doze anos de idade, quando minha mestra Dona Jole ia participar de reuniões na cidade, deixava-me dando aula aos outros alunos. Aos 19, meu segundo pai, o saudoso Cônego Edwards, colocou-me para dar aula de inglês na Escola Cenecista. Para aperfeiçoar-me, fui fazer C.C.A.A. em Campina Grande. Fiz vestibular para Letras, não havia transporte universitário, ia e voltava todos os dias de aroeirense. E sempre era destaque em sala de aula. Não era para qualquer aluno merecer minutos de elogios da ENORME professora Josefa Dorziat de Língua Portuguesa. Para se ter uma ideia, não sei de algum outro aluno que tenha sido convidado pelos correios e por telefone para participar de seu momento celebrativo de posse na Academia Campinense de Letras. Não era para qualquer aluno receber elogios, passar por média e ainda ser citado num poema pelo GRANDIOSO professor Morais, de Literatura Brasileira (o gênio de literatura da UEPB, hoje está na UFCG). Não era para qualquer aluno, destacar-se e ser citado pelo professor Zé Dias de Latim, nem era para qualquer aluno ter seu nome indicado pelas professoras Madalena, Dorziat e Felicidade, todas de Língua Portuguesa, para ser professor de Escolas como Damas, Lourdinas e Redentorista em Campina Grande. Depois, fiz Especialização em Língua Portuguesa pela UPE, e fiz Direito pela UEPB.
Desde o ano de 1984, sou professor em Umbuzeiro, já fui professor em Natuba, pela prefeitura, e no Abílio em Orobó, pelo Estado. Hoje sou Oficial de Justiça em Pernambuco.
Orgulho-me, sim, de minha história. Sei de cada passo que dei. Agradeço a Deus todos os dias pelas oportunidades que Ele me concede, e pela insistência dEle em sempre me dizer TENTE OUTRA VEZ.
Não é pedir demais: quero apenas respeito na mesma proporção que eu respeito; tenho a família mais linda do mundo, assim como sei que todo mundo tem a família mais linda do mundo PORQUE É SUA FAMÍLIA.
Os nomes são postos em campanha política para avaliação do povo, e não para achincalhamentos.
Vamos implantar a cultura da paz, do amor ao próximo, do respeito mútuo.
As ideias brigam; os homens, não. As campanhas passam; as amizades, não.
Vamos abraçar e respeitar todos os umbuzeirenses, sejam do lado A ou do lado B (em breve não mais haverá dois lados, e nós permaneceremos umbuzeirenses).
Vamos pedir a Deus paz, mas vamos fazer também a nossa parte para que a paz aconteça.
Jesus nos abençoe!!!
Gostaria muito de ver uma campanha de propostas, de respeito, de debates, de procuras e de encontros de soluções para os problemas de nossa comunidade.
Xingar, maltratar, caluniar, inventar estórias e passar a acreditar nelas como se fossem verdades é muito mesquinho.
Devemos cultivar o respeito a todos os cidadãos: SOMOS TODOS IGUAIS (braços dados ou não).
Todos, num estado democrático, temos o direito de escolhas, e isso não nos faz maiores nem menores, melhores nem piores do que ninguém.
Por exemplo, na última sexta-feira, estive, juntamente com o amigo Nélio, visitando alguns amigos na zona rural de nosso município. Quando voltava para a cidade, quando ia passando em frente à casa do amigo Toinho Ribeiro, ele me disse que estava chegando uma carreata para a convenção que aconteceria naquela data. Em respeito à liberdade de todos, e para evitar que eu cruzasse com a carreata, esperei que todos passassem. Alguns cidadãos passavam e acenavam para mim, e eu respondia da mesma forma. Num total exercício de cidadania: liberdade de ir e vir (constitucional).
Eis que surge alguém engravidado pela cultura do ódio e diz que eu estava debochando, insultando, até fazendo gestos obscenos. Meu Deus!
Cada um tem o direito de fazer sua escolha, e para isso não precisa odiar o outro. A campanha política passa e nós ficamos... a vida continua.
Respeito IMENSAMENTE a todos, mas também quero respeito para comigo.
Nasci no Sítio Rosília, que hoje pertence ao município de Gado Bravo, nossa família foi morar no Sítio Umari, de Aroeiras, eu ainda ia completar 7 anos de idade. Aos 11, fiquei órfão de mãe. Para estudar na cidade de Aroeiras, muitas vezes tive que fazer o percurso de 13 km diários de ida e 13 de volta A PÉ. Somente quando ia fazer a 7ª série, papai conseguiu comprar uma casa na cidade para a gente ficar na cidade durante a semana. Já plantei palma, já plantei milho e feijão, já cultivei algodão, já tirei lama de barreiro no banguê, já cuidei de animais, já tirei leite, já fiz queijo de coalho, já COMI O PÃO QUE O DIABO AMASSOU saído da boca de desocupados. Meu primeiro trabalho foi pesar açúcar no mercadinho de sr. Abílio em Aroeiras, já vendi roupas no banco de feira-livre de João Galdino em Aroeiras. Meu primeiro trabalho público foi ser mensageiro no Posto de Serviço Telefônico de Aroeiras. Nunca fui pesado a ninguém. Não me gabo, mas sempre fui destaque em sala de aula: o endereço de minha alfabetizadora é Sítio Umari, o nome dela é Severina Cabral de Lira, conhecida por dona Jole. Aos doze anos de idade, quando minha mestra Dona Jole ia participar de reuniões na cidade, deixava-me dando aula aos outros alunos. Aos 19, meu segundo pai, o saudoso Cônego Edwards, colocou-me para dar aula de inglês na Escola Cenecista. Para aperfeiçoar-me, fui fazer C.C.A.A. em Campina Grande. Fiz vestibular para Letras, não havia transporte universitário, ia e voltava todos os dias de aroeirense. E sempre era destaque em sala de aula. Não era para qualquer aluno merecer minutos de elogios da ENORME professora Josefa Dorziat de Língua Portuguesa. Para se ter uma ideia, não sei de algum outro aluno que tenha sido convidado pelos correios e por telefone para participar de seu momento celebrativo de posse na Academia Campinense de Letras. Não era para qualquer aluno receber elogios, passar por média e ainda ser citado num poema pelo GRANDIOSO professor Morais, de Literatura Brasileira (o gênio de literatura da UEPB, hoje está na UFCG). Não era para qualquer aluno, destacar-se e ser citado pelo professor Zé Dias de Latim, nem era para qualquer aluno ter seu nome indicado pelas professoras Madalena, Dorziat e Felicidade, todas de Língua Portuguesa, para ser professor de Escolas como Damas, Lourdinas e Redentorista em Campina Grande. Depois, fiz Especialização em Língua Portuguesa pela UPE, e fiz Direito pela UEPB.
Desde o ano de 1984, sou professor em Umbuzeiro, já fui professor em Natuba, pela prefeitura, e no Abílio em Orobó, pelo Estado. Hoje sou Oficial de Justiça em Pernambuco.
Orgulho-me, sim, de minha história. Sei de cada passo que dei. Agradeço a Deus todos os dias pelas oportunidades que Ele me concede, e pela insistência dEle em sempre me dizer TENTE OUTRA VEZ.
Não é pedir demais: quero apenas respeito na mesma proporção que eu respeito; tenho a família mais linda do mundo, assim como sei que todo mundo tem a família mais linda do mundo PORQUE É SUA FAMÍLIA.
Os nomes são postos em campanha política para avaliação do povo, e não para achincalhamentos.
Vamos implantar a cultura da paz, do amor ao próximo, do respeito mútuo.
As ideias brigam; os homens, não. As campanhas passam; as amizades, não.
Vamos abraçar e respeitar todos os umbuzeirenses, sejam do lado A ou do lado B (em breve não mais haverá dois lados, e nós permaneceremos umbuzeirenses).
Vamos pedir a Deus paz, mas vamos fazer também a nossa parte para que a paz aconteça.
Jesus nos abençoe!!!
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