Salvo o deputado Jair Bolsonaro(PSC-RJ), para quem o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, que morreu na última sexta-feira aos 90 anos, “já está ardendo nas profundezas do inferno”, todos os políticos influentes do Brasil lamentaram a morte do líder revolucionário e reconheceram a sua importância para a história do mundo.
Bolsonaro é capitão do Exército (reformado) e fez parte da geração de militares que apoiou o golpe de 64 a fim de “salvar” o Brasil do “comunismo”.
Confira as opiniões de alguns políticos brasileiros:
Michel Temer: “Fidel Castro foi um líder de convicções. Marcou a segunda metade do século XX com a defesa firme das ideias em que acreditava”.
II) Renan Calheiros: “Em nome do Congresso Nacional, lamento a morte de Fidel Castro que, a despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a história mundial. Em momentos como este, devemos nos lembrar que posições políticas diferentes, desde que respeitados valores democráticos, contribuem para enriquecer nossa história”.
Rodrigo Maia: “Fidel Castro foi uma figura marcante do século 20 e, independentemente de crenças políticas, é preciso reconhecer sua importância para o povo de Cuba”.
Dilma Rousseff: “Fidel Castro foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa, sem fome nem exploração, numa América Latina unida e forte. Um homem que soube unir ação e pensamento, mobilizando forças populares contra a exploração de seu povo. Foi também um ícone para milhões de jovens em todo o mundo”.
Luiz Inácio Lula da Silva: “Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível do qual jamais esquecerei. Fidel foi uma voz de luta e de esperança. Seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania. Será eterno seu legado de dignidade e compromisso por um mundo mais justo”.
Fernando Henrique Cardoso: “A luta simbolizada por Fidel dos pequenos contra os poderosos teve uma função dinamizadora na vida política no continente. O governo brasileiro se opôs a todas as medidas de cerceamento econômico da Ilha e, desde o governo Sarney até hoje, as relações econômicas e políticas entre o Brasil e Cuba fluíram com normalidade. Sua morte marca o fim de um ciclo, no qual há que se dizer que, se Cuba conseguiu ampliar a inclusão social, não teve o mesmo sucesso para assegurar a tolerância política e as liberdades democráticas”.
Jair Bolsonaro: “Cremar o corpo por que, Raul (Castro, irmão de Fidel), se ele (Fidel) já está ardendo nas profundezas do inferno? Fidel Castro, um grande exterminador de liberdade e promotor da miséria no mundo todo, certamente terá uma estadia eterna nas profundezas do inferno”.
Anacleto Julião (filho de Francisco Julião): “Fidel convidou meu pai para morar em Cuba para que pudesse se dedicar à causa revolucionária com tranqüilidade. Cheguei na ilha com 12 anos e fiquei até os 19. Eu e meus irmãos sempre fomos bem tratados. Sua morte é um lembrete da necessidade de continuarmos a luta que ele travou durante décadas em busca de um socialismo latino-americano”.
Luciano Siqueira (vice-prefeito do Recife): “Sou de uma geração que sofreu impacto extraordinário da revolução cubana. Foi como um facho de esperança para a América Latina”.
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