O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), protocolou nesta segunda-feira (21) uma Medida Cautelar na Procuradoria-Geral da República, em Brasília, pedindo que sejam apurados possíveis crimes cometidos pelo ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, e o seu afastamento do cargo, imediatamente.
Na última sexta-feira (18), o ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão do cargo dizendo que foi pressionado por Geddel a forçar o IPHAN a liberar a construção de um empreendimento imobiliário, em Salvador, onde ele adquiriu um apartamento. O ministro nega ter feito a pressão.
“Estamos diante de uma denúncia gravíssima, que envolve o ministro que trabalha na antessala do presidente Michel Teme. Ele é acusado de praticar, claramente, advocacia administrativa quando fez uso do seu poder político para tentar benefício próprio”, disse o senador pernambucano.
Segundo ele, se o presidente ouviu do ex-ministro da Cultura que Geddel estava tentando influenciar um parecer do IPHAN, que não teria como ser modificado, ele deveria demitir Geddel imediatamente. Se não fizer isto, comete crime de prevaricação”, acrescentou.
O porta-voz do Palácio do Planalto anunciou no início da tarde que Geddel fica no governo.
Nesta segunda, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu, por maioria de votos, investigar a conduta de Geddel. No entanto, antes da votação final, um conselheiro pediu vistas ao processo para melhor apurar os fatos denunciados.
No Recife, o novo ministro, Roberto Freire (PPS) declarou que a palavra final no caso do imóvel é do IPHAN, que é um órgão técnico.
Se não fosse assim, disse ele, não precisaria haver órgão técnico, bastaria o “parecer político” do ministro.
Sem comentários:
Enviar um comentário