Vice-presidente da Câmara rompe com Temer
Coordenador da bancada de MG, Fábio Ramalho (PMDB) informou que tomou decisão após Osmar Serraglio (PMDB-PR) ser indicado para Ministério da Justiça.
G1 Brasília – Fernanda Calgaro
O primeiro vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), anunciou nesta quinta-feira (23) que rompeu com o governo do presidente Michel Temer. Coordenador da bancada de Minas Gerais na Casa, ele tomou a decisão em reação à indicação do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) para o Ministério da Justiça, vaga que era cobiçada pela bancada mineira.
"Estou rompendo com o governo. Pelo tamanho de Minas Gerais, teríamos que ser acomodados dentro de um ministério. Desde que começou o Brasil, que começou o império, Minas tem ministro", disse Ramalho. Por ocupar uma posição estratégica, o rompimento pode gerarr dificuldades para o presidente Michel Temer na Câmara.
Como o país está sem vice-presidente da República, toda vez que Temer viajar ao exterior, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá a presidência do país e será substituído na Câmara por Ramalho. No comando da Casa, competirá a ele definir a pauta de votações.
Ao G1, Ramalho afirmou: "Eu pretendo reunir as pessoas que estão insatisfeitas com o governo. Tem muita gente insatisfeita. Então, eles vão ver o tamanho da insatisfação, que eles não sabem. Eles vão saber a partir das votações agora.”
Bancada mineira
Segunda maior bancada na Câmara, com 53 deputados, os deputados mineiros defendiam o nome de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Ele acabou perdendo força depois que vieram críticas feitas por ele ao poder de investigação do Ministério Público.
O vice-presidente da Câmara afirmou que chegou a receber uma ligação de Temer nesta tarde explicando a situação, mas que não o fez mudar de ideia.
"Ele falou que era para eu pensar. Eu disse que não. Aí ele falou que ia tentar recriar um ministério... mas recriar, não. A gente não aceita recriação de ministério. A gente só aceita ministério já existente. A bancada é contra qualquer contra qualquer recriação de ministério", relatou.
Ramalho acompanhou toda a movimentação na Esplanada dos Ministérios de Salvador (BA), onde foi passar o carnaval.
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